A Bandeira da Esperança foi Hasteada
Eduardo Braide venceu a eleição. Mas não se trata apenas de uma eleição e de uma vitória. Há aí inúmeras implicações de ordem política, de que uma se destaca: a população demonstrou que reprova como o Estado está sendo administrado.
E demonstrou isso de forma clara e enfática: derrotou o governador Flávio Dino duas vezes. No primeiro turno, quando o candidato do governador e do ex-presidente Lula alcançou um resultado pífio, ficando em quarto lugar. No segundo turno, quando o governador pulou para a canoa de Duarte Júnior, ajudando a furá-la ainda mais.
Diz-se que se conhece um homem nos momentos de crise. Eleições são um momento de crise, uma crise positiva, mas crise, porque é um momento no qual os que se encontram no poder são confrontados pelo que fizeram. E daí pode nascer a ruptura.
O maranhense conheceu nestas eleições quem realmente é o homem que governa o Estado. Um homem que não aceita a pluralidade de ideias. Um homem que acredita, na contramão da história, que o Estado existe para servir a seus interesses políticos. Sua vontade é a única que pode existir, sobrando aos que discordam a perseguição política. É o neocoronelismo.
O candidato vitorioso e seus apoiadores sofreram todo tipo de perseguição. Funcionários públicos foram ameaçados de demissão. Parlamentares que não seguiram as ordens do governador foram chamados de traidores e ameaçados como inimigos. Para não falar do abuso de poder econômico. O governador só esqueceu que a vontade do povo é soberana. E a vontade do povo prevaleceu.
A vitória de Braide desnudou o rei. Se alguém ainda não sabia, sabe agora: não se trata de um líder, mas apenas de um governador, o menor entre todos. Um líder agrega, um político menor separa. Um líder regula interesses, um político pequeno tenta impor sua vontade por meios caducos, não republicanos, reprováveis.
Por tudo isso, a vitória de Braide representa o hasteamento da bandeira da esperança. A liberdade resistiu e disse: LIBERTA MARANHÃO!
Roberto Rocha, Senador.