De Rosengana a Dinoengana…
Um passeio histórico sobre um movimento que participei e ajudei criar o “Xô Rosengana”, que ganhou corpo e culminou com a derrota do grupo Sarney nas eleições de 2006, dando origem ao processo de alternância de poder no Maranhão, que em tese deveria facilitar a democracia, abrir espaços a outros grupos políticos disputarem o poder, também a entrada de outros candidatos nas disputas eleitorais.
Nada disso, no entanto, parece fazer sentido hoje em dia, quando o grupo comunista governa de forma enganosa (com vasta publicidade) para disputar eleições e perpetuar-se no poder, como fez o grupo da “Rosengana”.
Fiz minha parte, mas, houve um tempo que pouca gente ousava criticar o Sarney no Maranhão. Hoje em dia, todo mundo criou coragem para criticá-lo, xingá-lo, até desafiá-lo, com o simples objetivo de tornar-se palaciano.
“Se soubesse que as mesmas práticas que condenávamos antes seriam repetidas hoje, não teria brigado com tanta gente”.
Já faz algum tempo, ainda no ano de 2005, as redes sociais da época eram chacoalhadas por alguns malucos que sonhavam com liberdade. Registro aqui minha versão, de quem vivenciou esse importante momento. Fiz parte desse importante movimento, o Xô Rosenagana, que pedia a libertação do Maranhão, que só foi possível com as discussões políticas e acertos entre o prefeito e governador da época: Tadeu Palácio e José Reinaldo Tavares, que iniciaram os processos de “alternância de poder”.
Tudo começou nas praças de São Luís, depois de uma passagem pelo Convento das Mercês, quando resolvemos sair em marcha da Praça Nauro Machado até o Convento, que à época, apresentava shows de Bumba meu Boi, o “Vale Festejar”.
O movimento foi copiado do Xô Sarney, iniciado pela blogueira do Amapá, Alcineia Cavalcante, escritora e blogueira. Depois do Xô Sarney ter feito sucesso nas redes sociais do tempo, Orkut, MSN, Flogs, eu e alguns malucos do tempo resolvemos começar a agitação do Xô Rosengana, que logo ganhou corpo e chegando com força na pré-campanha de Jackson Lago, um dos candidatos do então governador José Reinaldo Tavares, recentemente afastado do grupo Sarney.
Hoje, o Lula se prepara para voltar ao Maranhão, coisa que só fazia depois que Roseana Sarney foi reconduzida ao governo do Maranhão(através de um golpe no TSE).
Lula, que está de viagem ao Nordeste do Brasil, deverá ser recebido na capital do Maranhão pelos aliados do PT, do Palácio dos Leões, justamente por quem ajudou expulsar do Palácio.
Sua presença deverá causar um aperto no coração do ex-governador Zé Reinaldo, que não deve estar gostando dessa ideia de ver Lula sendo exaltado pelo hoje governador Flávio Dino, que entrou na política por obra de Zé Reinaldo, feito deputado federal pelas suas mãos, estruturas, prefeitos amigos e outros aliados da época.
Para minha vergonha (e de Zé Reinaldo), hoje em dia, muita gente que antes não aparecia, falava contra Sarney, quer posar de “inimigo de Sarney”, gente que sequer deu sua contribuição quando foi necessário. Pior para quem brigou tanto.
Aprendizado:
Ainda no final do ano de 2005, estava a convite do então vereador Joberval Bertoldo, um parente distante, juntamente com outros militantes do PCB, do qual era filiado, e alguns aliados do então deputado estadual Aderson Lago nas manifestações do Xô Rosengana (movimento criado pelo escritor Emílio Azevedo e outros malucos do tempo) nas praças do Centro Histórico de São Luís.
Depois que demos os primeiros passos, o movimento ganhou força política com a chegada da turma do PDT, até desgastar a candidata do grupo Sarney, Roseana, que viria perder a eleição para Jackson Lago, logo depois, cassá-lo com apoio do presidente Lula e seus ministro do TSE.
No tempo o grupo Sarney era forte, “doido” quem se colocava contra o grupo Sarney para criticar a filhota do oligarca.
Mensagem aos novatos da política: que não se indisponibilizem com outras pessoas por causa dessa gente da política atual, eleição passa e as mágoas ficam.
Aprendi, sofrendo, que enquanto brigamos entre si, eles vão estar sorrindo uns com os outros depois. Abaixo, a força de um movimento encabeçado por alguns poucos corajosos (e malucos), que ganhou força até derrubar o mais importante grupo político do Maranhão.
