De tanta violência na alma, ainda se alegra em ferir outra alma?
Matando e chorando por cada bala, dentro dela (da alma), lembranças do corpo estendido, a derrubada, a queda de outro ser. O suspiro, o sangue.
Deus te alivie,
Te dê um abraço íntimo de perdão e amor!
Tua culpa te consome e mata, teu choro apertado perturbante: outro ser, outra alma, outro irmão ou pai de família.
Pensou no choro da mãe?
Elas existem e choram pelos filhos. Lembra-te da tua, filho da mãe. Volta pra casa.
Uma oração na mente,
Ao coração, um desejo ardente de vingança, de matar e fazer cair tua dor, como a vida de outrem, sem alma, esvaída, sangrada.
E tua dor?
Continua gritante!
Pela culpa, oh, infértil, estérea destruição. Vai sair para arruinar, derrubar. Volte.
A violência te levou, secou. Sem lágrimas, sentimento de matar, de ser temido, respeitado, notado, visto. Mas, a tua alma?
Perturbada para retornar à vida, o choro preso! Tá pesado?
Confesse tua angustia. Tua incapacidade é gritante.
Mas existe o amor de uma mãe, dum pai, filho. Ele é o amor, Jesus!
Arrependa-se, Deus existe e te ouve, clame, o alívio virá!
Não mate!
Aos que precisam de uma prece, o apelo de sentir o toque do amor. Só ele poderá te trazer o sentido da vida.
(Dedicada ao menino pobre e seduzido, perseguido, temido e odiado, que matou e foi matado).