Passação de pano geral:
Sarney, que sempre foi lembrado como um “cacique”, principal membro da “eleite nacional”, “oligarca regional”, “coroné eletrônico”, etc, acaba de ser celebrado por sua longevidade política.

Hipocrisia democrática:
Eleito vice-governador na chapa comunista em 2015, o governador atual, que festeja Sarney, beneficiou-se com a narrativa do “anti-Sarney”.
Festa política:
Surpresa alguma que a mesma “casa legislativa” que hoje comemora os anos dourados (até de chumbo, dor e sofrimento do povo pobre do Maranhão), em homenageando àquele que é considerado o político mais antigo do Brasil, José Sarney, sendo celebrado pelo parlamento que por anos votou leis que subjugaram nosso povo.
Sabem de quem é acupa pelo atraso?
Ora, durante 8 anos de “república comunista”, o nome Sarney, que teve relevância histórica para fazer um comunista, sem votos, ser elevado ao patamar de “novo cacique”, foi a mesma casa que aprovou lei para retirar seu nome de logradouros publicos, mas, que, num passe de mágica, retornou “firme e forte” para destacar as letras do parlamento estadual que diz: sem parlamento livre não há democracia”.
Quem sou eu para dizer o óbvio? Desejo tudo de bom para o José Sarney, parabéns! Só não poderia deixar de registrar tanta hipocrisia.
Enquanto celebarm a “democracia” o povo passa fome, segue atrasado nos últimos lugares como mostram os números sociais do IBGE.
Nada de novidade para um parlamento que por anos passou pano para a elite. Como disse certa vez um ex-senador falando sobre a “democracia dos anos dourados”:
“O nosso empobrecido estado, que por décados foi comandado por “braços de ferro de Brasilia”, tem hoje uma classe política comandada por uma parlamentar, que submete-se ao comandando de um governante, este sim, comandando tudo de fato e fazendo o jogo da antiga elite”.