Beijo de Judas: Quem esperava algo diferente de Flávio Dino?

Traição?

Após “lavar as mãos” dos rumos da política maranhense e se mudar para Brasilia para assumir cadeira no tribunal mais caro do mundo, por indicação política, Flávio Dino apareceu jogando indiretas, como se fosse um Jesus sendo beijado por Judas.

“Comunismo”; mais gananciosos que os atuais não existem…

As mensagens do político que virou ministro afirmando que deixaria definitivamente a política ganharam o mundo. Neste sentido, já que chegou ao “olimpo dos deuses” e renunciou a política para ocupar cargo no STF, não poderia fazer cobranças, acusar, ou mesmo apontar dedos, como se estivesse sendo traído.

Mas, em plena semana santa, uma das mais importantes datas da Igreja Católica, que trata da ressurreição de Cristo, um “comunista” que se diz católico resolveu falar sobre o beijo de Judas, lendo trecho da bíblia que fala da traição sofrida por Cristo, por alguém da sua confiança, que movido pela ganância.

Ora, se a tentativa de quem disse que saiu da política foi acusar desafetos, como sempre fez (com propriedade no seu antigo twitter), inclusive sendo governador, mas passava o tempo todo atacando chefes de uma nação (Michel Temer e Bolsonaro), valendo ressaltar os momento que o elevaram politicamente.

O ex-juiz passou pelos calvários de duas eleições perdidas, uma para prefeito de São Luís em 2008, e outra para governador, em 2010, cuja candidata venceu com larga vantagem abraçada ao Lula e nas promessas furadas de uma refinaria em Bacabeira, que nunca saiu do papel.

Desde as eleições vencidas pelo seu imenso grupo (formado por partidos de oposição ao PT-PMDB) tendo Aécio Neves, seguido por Roberto Rocha e Brandão do PSDB, na ponteira, que logo no segundo turno das eleições foi trocado por Dilma, que acabou vencendo as eleições para presidenta.

À época, Dilma estava no palanque do grupo Sarney, abraçada até o talo com Edinho Lobão.

Dino, que perdeu para o antigo esquema que hoje finge não ver, aliás, fecha os olhos quando chega nas proximidades dessa cidade (Bacabeira), como se não quisesse lembrar da sua dor, da memorável derrota para uma maquina poderosa que, à época, a maquina petista-emidebista repetia mil vezes mentiras até que fossem aceitas pelos incautos eleitores.

A tal “refinaria” que deu vitória aos gananciosos de outrora foi apontada como “estelionato eleitoral” pelos Dinistas que hoje estão de mãos dadas com o antigo esquema. Mas, então, esse mesmo Flávio Dino que hoje está abraçado aos Sarneys,  recebendo, inclusive, apoio do Sarney para o STF, não estaria traindo sua própria consciência ao enganar o povo pobre quando dizia-se “oposição” ao oligarca?

Teve ainda a mão amiga do então governador Zé Reinaldo, sem a qual Dino nunca teria sido eleito deputado federal, e ganhar as páginas do turismo, com reconhecimento político até dos moradores do país revolucionário caribenho, Cuba.

Contam que o Zé teria perdido uma boa chance de ter sido feito senador com aval de Dino.

Com que cara ficará Dino quando vier no MA encarar seus eleitores?

Que podemos dizer de um governador eleito para “mudar” que nada mudou, de um senador eleito para ocupar o senado, mas renunciou para beneficiar esposa de amigo? Quem foi eleito senador de um estado pobre, mas por pura ganância de ocupar um cargo no STF, renunciou ao cargo eletivo, não está cometendo traição aos eleitores?

Perigo para a política, perigo para a justiça:

Assim como nos conceitos atuais de “democracia”, acredito que, traição e Judas, podem estar sendo “relativizados” para seguirem narrativas. Aí sim, os possíveis recados poderão ser compreendidos, aliás, bem mais claro que apontar “Judas” no feriado, só mesmo a intrigante certeza que diuturnamente no olimpo do STF podem estar fazendo muitas outras coisas, inclusive fazendo política, traiçoeiramente, diferente daquilo que manda a Constituição, ao invés de julgar.

Ora, lá na corte superior, com salários e mordomias bastante capitalistas, esses tópicos não lhe valem mais, a não ser que ainda esteja vivendo fora dela,  e com os dois pé dentro da política nas eleições que se aproximam, como fizeram – por décadas – alguns “gananciosos” que mesmo do plano federal governavam a antiga provincia com seus tentáculos politizados.

De Jesus o comunismo não tem nada, já de Judas, a história da humanidade está repleta. As indiretas de Dino não são novidades, na sua equivocada visão, todos lhe devem fidelidade.

Oh, Cristo, tenha piedade dos eleitores que foram e ainda vivem sendo traídos.