Em artigo, senador Roberto Rocha fala sobre ética, verdade, trabalho e das verbas para salvar universidades…

Da indignação à ação, por Roberto Rocha

Há quem faça da política um cultivo estéril de indignação. Esse é o atalho mais fácil para conquistar seguidores, em especial na lógica das redes sociais em que o critério da verdade parece ser a quantidade de likes e compartilhamentos.

Outro caminho, muito mais árduo, é viver a angústia da busca de soluções. Fazer da política um compromisso com resultados. Viver a Ética da Responsabilidade.

Quando fui procurado por estudantes de Imperatriz, que vieram ao meu gabinete na cidade, preocupados com a precariedade das instalações do Campus II da UFMA na cidade, imediatamente me comprometi a ir ver o problema de perto. Era difícil acreditar que um campus universitário estivesse interditado, por ameaça de desabamento.

Não desconheço as dificuldades que vivem os gestores, fazendo das tripas coração para transformar os minguados recursos em resultados. Mas é duro testemunhar a situação de três cursos que estão funcionando em instalações provisórias, abrigados numa escola da rede estadual.

O que vi no Campus foram salas sem condições de uso, com toda a rede hidráulica e elétrica comprometida. Um aluno me disse que o último livro adquirido na biblioteca é de 2010!

Firmei com os alunos o compromisso de buscar uma solução, mesmo que não fosse definitiva, mas apenas para devolver ao Campus as condições de dignidade que toda instituição de ensino merece ter. Encontrei no ministro da Educação, José Mendonça Bezerra Filho, um agente público sensível à questão e que prontamente se comprometeu a dar um encaminhamento para a solução do problema.

O resultado foi a liberação imediata de 2 milhões de reais, que já estão na conta da UFMA, para a recuperação de 13 salas de aula, com novas e modernas instalações, e ainda a recuperação estrutural dos blocos.

Eu me orgulho de ser o parlamentar que, em toda a história da instituição, mais destinou emendas parlamentares para a UFMA. Seja para equipamentos hospitalares, seja para a Universidade da Terceira Idade, em São Luis, seja para a sinalização horizontal do Campus, o destino da UFMA sempre esteve presente nas minhas preocupações. Desta feita, no entanto, não foram recursos de emendas parlamentares, mas do próprio orçamento da União, graças ao acolhimento do ministro.

O valor, eu sei, é muito pouco para as necessidades da Universidade. Precisamos de muito mais investimentos. Mas é reconfortante ver a vitalidade dos estudantes de Imperatriz, que demonstram ter a dimensão da importância fundamental do fortalecimento da interiorização do ensino superior, como condição para desenvolver a inovação, a pesquisa, a autonomia do pensamento.