DINO NÃO É SANTO, MAS FAZ MILAGRE (Parte 1)
João Melo e Sousa Bentivi
Estou em uma posição privilegiada nessa eleição: sou candidato a coisa nenhuma.
Talvez seja essa a razão de eu poder dar a minha opinião, a respeito do pleito que se aproxima e, nessa oportunidade, ouso afirmar o óbvio: o personagem angular desse pleito, sem dúvida, se chama Flávio Dino.
Ah! Falei em milagre e que ele não era um santo. Acertei e informo que a afirmação do título nada tem a ver com santidade, ou cristianismo, por exemplo.
O cidadão é comunista e, como creio na sua coerência, fica impossível acreditar que um comunista graduado, como o ex-governador, perca seu tempo com coisas como Bíblia, evangelho ou similar, muito mais desejar ser um santo.
Mas é milagreiro, sim e, também, provido de uma colossal sorte na política, que poderia se dizer um milagre, sem as bênçãos de Cristo.
De um simples juiz federal desprovido de carisma e não muito agradável a seus pares e servidores, pelas mãos milagreiras do Zé Reinaldo,
tornou-se deputado federal e teve uma boa atuação nesse mister. Foi um deputado atuante.
Derrotado no pleito municipal, em São Luís (2008), em 2010 ousou o governo do Maranhão e o seu principal feito não foi ser o segundo colocado,
mas destruir de maneira cruel, as chances eleitorais do doutor Jackson Lago. Maldade, muita maldade!
Em 2014, novamente bafejado pela sorte (sorte?). Tudo se mostrava para a vitória da oposição.
Roseana concluía o governo no ápice do seu desastre administrativo e não fazia o menor esforço para ter um sucessor do seu partido, tanto que Lobão Filho, que teoricamente seria do seu grupo, teve como principal adversário, não o Dino, mas a Roseana.
Em palavras simples: Flavio Dino foi o real candidato roseanista e provar é simples. É simples entender.
A família do Dino e Sarney são amigos quase centenários e, tirando as cortinas do passado, hoje, dona Roseana é baluarte do esquerdismo-comunismo dinista. Ainda que não saiba bem o que é comunismo, Roseana, na terceira idade, segue os passos do seu pai, na juventude e acoita-se no comunismo (parece piada).
Ainda para relembrar aos desavisados, o governo de Roseana possuía um vasto arsenal de desatinos e, como dizia a “genial representante feminina” Dilma Roussef, muitos mal-feitos. Mas dou um doce de mamona para quem apontar uma única crítica do Dino para Roseana. Aliás, a única pessoa do clâ Sarney perseguida pelo Dino, foi o meu amigo Ricardo Murad.
Pasmem.
Ricardo Murad era um simples secretário, mas a governadora era Roseana, o perseguido deveria ser somente o Ricardo?
O porquê somente o Dino para responder, mas ele nunca irá responder, pois a resposta mostrará a verdade que todos (Dino e Roseana) não desejam mostrar.
Ainda aos descrentes em minhas palavras, ouso dizer que, na eleição municipal, de 2008, um dos personagens importantes na campanha do Dino (que reservo-me o direito de não nominar) só entrou na campanha municipal, por interferência direta e decisiva do senador José Sarney e, ainda para os esquecidos, a nomeação do Dino para EMBRATUR foi da lavra do Sarney e, ainda para os descrentes, nessa eleição, de agora, 2022, publicamente, o guru conselheiro do Dino é o senador José Sarney.
Deixem-me sorrir (rá,rá,rá,rá…).
Os inocentes que votaram no Dino acreditando que derrotavam o sarneisismo foram uns simples idiotas. Simples e macabros idiotas.
E os milagres do Dino?
Acalmem-se, será objeto de outras postagens. Ainda estou na parte 1.
Tenho dito.
(Bentivi é médico otorrinolaringologista, legista, jornalista, advogado, professor universitário, músico, poeta, escritor e doutor em Administração, pela Universidade Fernando Pessoa, Porto, Portugal).