Adeus, Flávio Dino: O pseudo comunosocialismo descendo ladeira…

DINO NÃO É SANTO, MAS FAZ MILAGRE (Parte 3)

Caso o leitor não tenha lido as duas matérias anteriores, seria bom que o fizesse, estão tanto no meu blog, quanto no face. Hoje acrescentarei mais alguns detalhes.

Enganadores querem voltar ao poder!!!!

O ex-governador Dino é um grande líder político, mas jamais será um líder popular e será impossível ostentar, um dia, o adjetivo de carismático, mito, ou nomes que o valham. Com o seu modo de ser e jeitão pouco afável poderá ser líder, ser dirigente, ser respeitado, ser temido, mas parcamente amado.

A bem da verdade, as lideranças marcantes, do ponto de vista popular, no Maranhão, foram poucas, nos últimos oitenta anos: Cafeteira, João Castelo e o Jackson.
Há 8 anos, como já expliquei, nos dois capítulos anteriores, com a ajuda do sarneisismo e simpatia explícita de dona Roseana, Dino se apresentava incontestável e muitos que não o suportavam, engoliram o fel, e sorriam como se degustassem mel, mas em seus recônditos vociferavam as mágoas e decepções.

Aqui um parêntese e um elogio: o governador Brandão é um ser diferente.

Soube suportar, sem um gemido, toda truculência esquerdista dos apaniguados, in pectoris, do então governador. Nunca confiaram nele e continuam desconfiando. Brandão, em verdade, é um refém do dinismo hoje e, se eleito, será um prisioneiro político, com honras de chefe de governo. Delinearei esse cenário a posteriori.

O governador Brandão é um bom cidadão, pessoa de bom trato e, pessoalmente, creio que ele não tem adversários pessoais, mas ganhou um presente do Dino: todos os adversários do Dino também o são de Brandão. Não tenho certeza se Brandão ganhou a amizade dos amigos do Dino, mas com absoluta certeza, repito, herdou todos os adversários dinistas.

Um exemplo, entre muitos. Basta dizer que dos nomes de relevância dos pleitos anteriores, que caminharam juntos ao dino, três resolveram se desvencilhar do Dino: Roberto Rocha, Weverton e Josimar. Em poucos dias falarei de cada um deles.

Com Dino ficou a senadora Elisiane, o que é deprimente eleitoralmente para o Dino, pois no suposto eleitorado de Elisiane, os evangélicos, ela é tão importante, quanto Silas Malafaia em um terreiro de umbanda.

Elisiane tira votos do Dino e do Brandão.
Assim, para se justificar a razão da união de Roberto, Weverton e Josimar, temos duas maneiras para a explicação: duas horas de argumentos, talvez até enfadonhos, ou colocar na parede a foto do Dino.

A foto do Dino explica tudo, explica o milagre: Dino consegue aglutinar, contra ele, atores diferentes e pode, mesmo, fazer o imponderável, quase o impossível: Jair Bolsonaro no palanque do Weverton Rocha.

Uma grande parte dos bolsonaristas já se assanham para o lado do candidato do PDT e com razão. O primeiro sonho de um bolsonarista maranhense, depois da vitória do Bolsonaro, é ver a derrota do Dino e, nesse momento, quem melhor reúne essa condição é o Weverton.

Alguém que me lê poderá aventar que o Bolsonaro vai apoiar outro candidato: Lahesio ou Holandinha. Não estou batendo o martelo, nem no sim e nem no não e prometo, que, em tempo próprio, analisarei a possibilidade do Bolsonaro apoiar, publicamente, ou Weverton, ou Lahesio ou Holandinha, mas, nesse momento, uma parte do apoiamento do Weverton vem de bolsonaristas, tenho certeza e convicção.

Novas análises da realidade política maranhense eu farei, por enquanto, tenho dito.

(Por João Melo e Sousa Bentivi – Médico otorrinolaringologista, legista, jornalista, advogado, professor universitário, músico, poeta, escritor e doutor em Administração, pela Universidade Fernando Pessoa, Porto, Portugal).