De primeira achei estranho. Mas depois entendi o que estava acontecendo.
Fiz esta imagem no momento que o dono desta carroça calibrava os pneus. Ao postar a foto ontem (11) nas redes sociais, por um momento achei que os homens estavam evoluindo.
Mas, não.
O homem não pode voltar ao tempo em que a Terra e todos os planetas das galáxias eram livres das complexidades humanas. A terra e as nuvens estão carregadas de ares letais, dos motores do progresso que causam a destruição humana. Terra envenenada que esquenta e esfria, polui, escraviza e explora o próprio homem em ciclos letais.
Terra de combustíveis fosseis, que cavam buracos na busca do progresso. Dependentes do petróleo, a raça humana tornou-se dependente de motores, engrenagens da morte. O homem cava a terra em busca o petróleo, cavando sepulturas. O homem que cava, que depende dos combustíveis sujos sabe que um dia vai morrer? O petróleo um dia vai desaparecer.
Aquela carroça num posto de combustível estava correta. Antes era gostoso ver homens sem motores, sem pressa de passar pela vida. Hoje, tão carbonizados, de vidros fechados, esquecemos da simplicidade de viver sem petróleo.
Por um momento entendi que o homem simples, da carroça, estava no lugar certo.
Nota:
Essa postagem dedico ao amigo poeta de Arari, José Maria Costa.