Por Martin Varão
Embora a questão da segurança pública seja preponderantemente dever do Estado, que detém dos aparelhos mais consistentes para combater o crime, os municípios podem e devem contribuir muito com o setor. Como diz a própria Constituição Federal, “a segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos”.
No entanto, com as ruas esburacadas, os carros de polícia certamente terão dificuldade de cumprir a rota preventiva e até o trabalho ofensivo será severamente prejudicado. Se os serviços de iluminação pública estão precários, o bandido se sentirá muito confortável para desempenhar suas atividades sujas. Quando os serviços de saúde e de educação são deficientes ou paralisados, nem se fala, a marginalidade encontra total guarida para se proliferar.
E foi exatamente neste cenário que o IPEA encontrou São José de Ribamar e [bingo!] o colocou como o município mais violento do Maranhão e o quarto do país, a partir de dados coletados em 2015, cujo período a prefeitura de São José de Ribamar estava [des]administrada pelo prefeito Gil Cutrim.
A Guarda Civil Municipal, que deveria ser um aparelho auxiliar do sistema de segurança, na gestão do ex-prefeito, estava sendo tratada com descaso e desdém. Segundo informações amplamente divulgadas pela mídia, até viaturas e motocicletas que tinham sido adquiridas na gestão anterior, por meio de comodata, foram vendidas ilegalmente.
Por fim, trata-se de mais uma situação constrangedora deixada pela gestão passada que o atual prefeito terá que dar conta.
Em 2015, marginais ocuparam a quadra do colégio Liceu Ribamarense. Alunos só usavam o aparelho esportivo quando os marginais permitiam.