Tive coronavírus: um breve relato sobre o atendimento num hospital público da capital do Maranhão…

Estou praticamente curado dum virus mortal que abalou o mundo. Aos 21 dias, desde que infectado pelo coronavírus, meus pulmões que estavam com 25% tomados por uma pneumonia causada pelo covid-19, já respiram com tranquilidade.

Estive doente e estou curado. Esta imagem está sendo disponibilzada nas redes sociais para testemunhar dum momento delicado, espero que todos possam fazer reflexões sobre doença e vida.

Sem testes disponíveis, tive que desembolsar R$ 550 num exame do Labratório Cedro que deu positivo, busquei atendimento numa Upa (Vinhais) que estava lotada, fui bem atendido, fiz os primeiros exames dos pulmões que dectaram o comprometimento, e fui encaminhado para internação.

Passei oito dias internado num hospital recém reformado pelo governo do estado, Hospital Dr Raimundo Lima, no Monte Castelo, com quase 90% de lotação por paciente do covid-19, onde tive excelente atendimento das equipes de plantão: além dos médicos e enfermeiros sempre presentes, higiene, medicações, alimentação, tudo funcionando perfeitamente. Neste quesito parece que o governador comunista não economizou nos investimentos do governo federal enviados para socorrer os doentes do Maranhão.

No primeiro dia de internação fui enviado para fazer um exame mais detalhado dos pulmões (uma ressonância magnética) que a principio seria feita no Hospital Carlos Macieira, mas acabei fazendo num hospital por nome HTO,  no Turu.

Angustias e incertezas abalam por completo a vida dum paciente  internado em qualquer casa de saúde. Por oito dias estive nas mãos do Estado, fui tratado por médicos bem conceituados, tive falta de ar, febre, tosse, falta de sono, choro, dores nas pernas e medo, uma expereiência que não gostaria de compartilhar, embora me ache no dever de testemunhar.

Tentei evitar a contaminação ao máximo, tive todos os cuidados, mas acabei por infectar todos na minha casa. Acho que tudo isso aconteceu no exato momento que a vacinação do Dória e dos governadores que fazem “resistência” ao presidente do Brasil, que teve sua taxa de eficácia de 50, 38% , foi liberada em todo o Brasil, e parece que acabou por fazer crescer a taxa de contaminação.

Ficar num hospital não é nada agradável, o melhor lugar do mundo é nossa casa. Se possível, evitem pegar o corona.

Estou testemunhando que fui bem tratado num hospital da rede pública, que ainda luto pela recuperação 100%, não é fácil falar de tudo isso, apesar de achar importante deixar meu relato.

Quero registrar o apoio das igrejas que se revesavam em orações, pois naquele leito senti o consolo de Deus e pude ver o quanto é importante ter comunhão com a Igreja de Cristo. Aos irmãos meus sinceros agradecimentos.

Abaixo, foto do primeiro dia da doença, no momento que estava buscando pelo exame, que me foi negado, pois até então só idosos poderiam fazer o exame de graça.

Mais tarde soube que estava sendo liberado para pessoas na faixa dos 50 anos. Entenda clicando aqui: