Sobre traição…

Impressão minha ou a classe política do Maranhão voltou a dialogar sem medo, intimidação ou taxação?

Fica a lição: Politica precisa ser feita com a boca (dialógo, entendimento) e não com o fígado (fel-bílis).

A semana iniciou bem, com notícias boas: Senador Roberto Rocha, que sobreviveu há 8 anos de um comunismo selvagem, parece que, enfim, deu a volta por cima, e vai conseguir unir quem antes o taxava.

Nossa política que sobreviveu aos assassinatos de reputações, como do caso “Reis Pacheco”, parece que está percebendo que muitos dos que foram “taxados de traidores” tentavam apenas dialogar, apontar outras possibilidades ou vias.

O senador Roberto Rocha, que deu a volta por cima, mudando as narrativas contrárias, parece que está conseguindo trazer boa parte dos políticos que outrora estavam “fechados” para o diálogo. Rocha ousou dialogar, ainda que isolado, teve que buscar literalmente por cima, pela esfera federal, o apoio que não conseguia ter da liderança política do seu estado.

Aceito por unanimidade, o senador conseguiu demonstrar que seu lugar é no senado, que unidos poderemos melhorar um estado atrasado e empobrecido, aproveitando nossas riquezas naturais, como rios, florestas, praias, mangues e mares.

O jogo parece estar virando, várias legendas dialogaram com quem era perseguido,  agora começa a dar as cartas.

Uma pena que nossa imprensa tenha percebido isso tardiamente, aliás, mentiram demais para agradar o “establishment”, usando e abusando de ataques contra sua honra, em alguns casos, até de sua família.

Por 8 anos, aprendi ao pé do ouvido, sobre erros grotescos do grupo político da atualidade, que fechado hermeticamente, era feito como por ditadores, imaginem só: os mesmo que prometiam “mudar”, fazer “diferente” daquilo que  grupo Sarney (última oligarquia do Brasil) fez durante “50 anos”.

Passamos 8 anos, para a felicidade geral, os políticos já conseguem “dialogar” graças ao protagonismo político de quem ousou mostrar outras vias, diferente do retrovisor. Diferente dos 8 anos, sob “patrulha” acirrada da política que só tinha um rumo, foi possível remar contra a maré”, ainda que sendo taxado de traidor, podendo dialogar, trazer para o Maranhão a atenção do Chefe de nossa Nação, que sequer tem seu quadro no salão.

Roberto rocha – politico maranhense que tem um histórico impecável – disse na sua coletiva de imprensa que sofreu tentativas de “assassinato de reputação”. Nesta imagem, uma boa lembrança de Bob Lobato apontando a redação dos “porões leoninos”.

Importante deixar registrado o empenho de figuras da imprensa que ajudaram “quebrar” as narrativas de traições. Graças ao Bob Lobato, exímio articulista, que por vezes foi taxado de traidor, por pensar diferente, apresentar alternativas viáveis, permanecerá nas boas lembranças dos que fizeram parte da nossa história política.

Lembro-me que certa vez, na Assembleia Legislativa, enfrentamos o ex-ministro de Lula, Zé Dirceu, que fez visitas ao Sarney, que durante coletiva de imprensa, criticou os petistas do Maranhão pela aliança política entre várias legenda para apoiar Jackson Lago, que tinha vínculos com os tucanos do PSDB. Neste mesmo local, esteve o Ciro Gomes, a exemplo de Zé Dirceu, ficou irritado com algumas indagações feitas pelo Bob Lobato.

Tanto Ciro Gomes, quanto o Zé Dirceu, desconheciam os diálogos da classe política, que à época, lutava contra um grupo poderoso, sem os “patrulhamentos” tão hostis como da atualidade.

Bob foi uma grande perda para nossa política, sobretudo à imprensa, pois mostrava sempre o “outro lado”, com uma versão diferente, sempre mostrando que a história poderia ir além das narrativas palacianas.

Feliz quem consegue vencer as narrativas e sair incólume de seus desgastes, se aquele ministro do STF que diz combater “fakenews” desse umas voltinhas por certos “porões subterrâneos”…

Muito mais que ter liberdade para dialogar, a classe política do Maranhão precisa aprender que foi um erro grotesco passar oito anos (dois mandatos) taxando de traidor, quem ousava dialogar.