O absurdo caso da funkeira negra que está sendo perseguida, tudo indica por gente ligada ao comunismo, que acha que ser negro está limitado ao campo da esquerda.
Fiquem abaixo com o editorial da MBC:
Qual é a cor do racismo?
Alguns movimentos negros escalonam, em sua lógica hierárquica, a negritude do indivíduo, ou seja, o fato de simplesmente ser negro não é o suficiente para pertencer à um dado grupo ou à simbologia personificada de determinada campanha direcionada ao público negro.
Em campanhas publicitárias, por exemplo, se a escolha da modelo envolve uma negra com características mais sutis da raça ou se o seu cabelo é alisado, ela já não pode ser considerada como porta-voz, nem tampouco terá a valorização de sua cor em função dos seus traços. Não a permitem entrar no seleto roll dos “negros suficientemente negros”.
É perceptível a incongruência nesses discursos ‘coloristas’, em que a quantidade de pigmentação é fator decisivo para que o indivíduo tenha mais ou menos propriedade e respeito dentro do próprio movimento que, teoricamente, lutaria por ele.
Existe uma perplexidade de cunho contraditório nisso tudo. No Brasil, por exemplo, há uma clara luta social em nome de uma suposta dívida que a sociedade branca, em suma maioria, “deveria” pagar. A contradição nisso tudo é: se buscam respeito e igualdade, porque existe um desrespeito velado que é soberano quando o indivíduo não é negro?
Recentemente foi anunciado pela funckeira Karol Conka que ela estaria namorando um jovem branco, e, para variar, a tolerância intolerante de algumas pessoas rendeu uma centena de comentários extremamente racistas nas redes sociais julgando “incoerente” a escolha da moça.
O racismo, por definição, consiste no preconceito, discriminação e até mesmo a hostilidade sobre uma determinada categoria de indivíduos em função de sua etnia. E este conceito serve para qualquer raça, para qualquer tipo de insulto decorrente de diferença étnica visível. Então, por mais que naturalmente seja associado a indivíduos negros, o racismo, a priori, não é um “patrimônio tombado” pelos negros, mas por qualquer pessoa que sofre algum tipo de discriminação sobre suas características.
Karol Conka assume namoro com guitarrista, mas é chamada de ‘palmiteira’; entenda o termo
O automatismo linguístico das gírias e ditados populares ganha diariamente mais pressão e condenações morais. O indivíduo passa a fiscalizar o quanto a piada é válida e ofensiva, orientam mudanças de padrões na língua em direção à um politicamente correto que toma as dores de uma parcela da sociedade que, não necessariamente, se importa com esses moralismos presentes na fala.
Um indivíduo que consegue fazer uma autoanálise e entende o que é certo e errado, diferenciando estes dois polos, não precisa se desculpar a todo instante da maneira pela qual ele se expressa. Além disso, sua consciência está tranquila perante sua fala, pois não há intenção direcionada para um desaforo. Porém, nessa lógica de “eu tenho que me policiar para não magoar o outro”, o discurso começa a ganhar teor ofensivo, na medida em que tudo se tornou racismo.
Existe uma perplexidade de cunho contraditório nisso tudo. No Brasil, por exemplo, há uma clara luta social em nome de uma suposta dívida que a sociedade branca, em suma maioria, “deveria” pagar. A contradição nisso tudo é: se buscam respeito e igualdade, porque existe um desrespeito velado que é soberano quando o indivíduo não é negro?
Recentemente foi anunciado pela funckeira Karol Conka que ela estaria namorando um jovem branco, e, para variar, a tolerância intolerante de algumas pessoas rendeu uma centena de comentários extremamente racistas nas redes sociais julgando “incoerente” a escolha da moça.
O racismo, por definição, consiste no preconceito, discriminação e até mesmo a hostilidade sobre uma determinada categoria de indivíduos em função de sua etnia. E este conceito serve para qualquer raça, para qualquer tipo de insulto decorrente de diferença étnica visível. Então, por mais que naturalmente seja associado a indivíduos negros, o racismo, a priori, não é um “patrimônio tombado” pelos negros, mas por qualquer pessoa que sofre algum tipo de discriminação sobre suas características.
Karol Conka assume namoro com guitarrista, mas é chamada de ‘palmiteira’; entenda o termo
O automatismo linguístico das gírias e ditados populares ganha diariamente mais pressão e condenações morais. O indivíduo passa a fiscalizar o quanto a piada é válida e ofensiva, orientam mudanças de padrões na língua em direção à um politicamente correto que toma as dores de uma parcela da sociedade que, não necessariamente, se importa com esses moralismos presentes na fala.
Um indivíduo que consegue fazer uma autoanálise e entende o que é certo e errado, diferenciando estes dois polos, não precisa se desculpar a todo instante da maneira pela qual ele se expressa. Além disso, sua consciência está tranquila perante sua fala, pois não há intenção direcionada para um desaforo. Porém, nessa lógica de “eu tenho que me policiar para não magoar o outro”, o discurso começa a ganhar teor ofensivo, na medida em que tudo se tornou racismo.
É elementar entender que, se tudo é racismo, partindo do princípio que esta seria uma verdade, então compreende-se que nada é racismo também.
A esquerda busca flexibilizar a vida através de seus belos e utópicos discursos, mas o que acontece no mundo real, no qual eles estão pouco acostumados a viver, é exato o contrário. Existe um engessamento de ideias, de falas e da forma de pensar, afinal de contas, se o discurso não for polido o suficiente para passar pelo tribunal da incoerência, o indivíduo será exposto às mais variadas e terríveis putrefação de sua imagem.