Apagão alegado por Caetano na cadeia seria uma espécie de “cura gay”?

Até isso? Será que a “ditadura” trouxe indícios para a cura gay?

Dizem que o auge do movimento artístico do Brasil deu-se no governo militar, que naquele momento, diferente de outros países das Américas, vivia-se uma “ditabranda”, justamente o momento em que muitos jovens cantores desfrutavam da vida como nunca.

Apesar disso, há controvérsias, com relatos interessantes que estão dando o que falar, como o que deixarei a seguir.

Caetano abre o jogo e diz que prisão apagou sua atração por homens

Jornal da Cidade Online

A 18ª Festa Literária Internacional de Paraty ocorreu entre os dias 3 e 6 de dezembro, em uma edição virtual.

Contando com 12 mesas de discussões sobre temas variados, a que mais chamou a atenção foi a mesa de número oito, com o título “Transições”.

Os convidados dessa mesa eram o cantor e compositor Caetano Veloso e o escritor espanhol Paul B. Preciado. Entre os temas discutidos, o avanço de uma suposta “extrema direita” no mundo e os livros escritos por ambos os convidados.

Ao ser questionado por Preciado sobre o título de seu livro ‘Narciso em Férias’, Caetano relembrou seu tempo na prisão durante a ditadura militar:

“Parecia que minha vida tinha sido essa o tempo todo e, quando me decidi narrar a experiência da prisão, me pareceu um bom título”.

Sobre o gênero do livro, que Gurria-Quintaca classificou de autoficção, Veloso admitiu que não pode deixar de haver, no caso, a construção de um personagem.

Preciado, que pediu a mudança de sexo, acabou encaminhando o assunto para o tópico da sexualidade, e citou uma declaração do crítico Luís Carlos Maciel de quando o livro Vereda Tropical foi lançado: “Caetano se revelou, ele não é homossexual, nem bissexual, nem heterossexual”.

Ao ouvir a citação, Caetano, rindo, admitiu que já se apaixonou por homens, mas acabou por declarar:

“O espaço muito masculino da prisão militar causou um outro apagão aqui, que foi a atração sexual e sentimental por homens. Fiquei com uma rejeição sexual em relação à figura dos homens, que eu não tinha”, disse ele.

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    • Imagine só o tamanho do “trauma” que deve ter feito esse “artista” desistir de gostar de homem…

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