Por João Melo e Sousa Bentivi – A política seguramente é a mais difícil das atividades humanas, pois nela estarão presentes todas as peculiaridades do homem e, sempre, com uma interessante repetição: os bons instintos, normalmente, são débeis e as maldades, em contrário, se exacerbam incontroláveis.
Tive militância política desde a juventude e nunca poderei ser denominado com o epíteto de omisso, fato que me deu algumas alegrias e proporcionou-me uma imensidão de dificuldades. Nenhuma reclamação, simples registro.
Na multiplicidade de minhas vivências (isso sempre me causou problemas!), o jornalismo está inequivocamente em mim e ostento, quase solitariamente (e bote solitariamente nisso!!) a qualidade de nunca ter escrito uma só linha, que não se baseasse nas minhas mais profundas convicções, a bem da verdade, diga-se que falta entrar, nos meus bolsos, o primeiro centavo oriundo dos meus quase 40 anos de articulista social e político.
Aqui cabe uma observação: a desonestidade e venalidade do jornalismo atingiu o patamar do incontrolável. Fui ativista crítico do Regime Militar (lutava por liberdade de expressão, coisa inexistente, hoje, no Brasil) e, notadamente na barreira antisarneisista. Estou tendo uma baita dificuldade em catalogar tudo que escrevi sobre o Sarney e o clã Sarney, com capítulos interessantes a respeito da atual deputada Roseana Sarney. (vou publicar, aguardem!) Nos últimos anos, com a hecatombe moral representada pela volta do lulopetismo, tenho poucos motivos para sorrir, quando penso em política, aqui, algures e alhures, certamente, a maior alegria, dos últimos tempos, é a vitória de TRUMP, não pelo Trump, em si, nem mesmo por algo milagroso que ele possa realizar, pelo Brasil. Tenho poucas expectativas.
A alegria, creio, é meio “hienista”, ainda que eu não saiba o porquê e, até mesmo que eu tenha a possibilidade de nada ganhar, tudo o que fizer um esquerdopata triste, para mim, tem relevância de satisfação. Simples assim, sou Trump (kkkkk). Esse arrazoado inicial pode parecer sem sentido, pois o título da matéria é sobre o prefeito Roberto Costa e sobre o vereador João Alberto, ambos da cidade de Bacabal.
Há muito tempo não falo com eles e nunca estive, partidariamente ao lado deles, mas tenho um profundo respeito e admiração pelos dois. Roberto, acompanho desde a sua juventude, ativista político estudantil, aluno da escola pública, nascido na simplicidade de um bairro central da cidade, desde cedo mostrou pendores pela atividade pública, tanto na esfera da administração, quanto partidária. Por onde passou deixou marcas: seriedade, honestidade, cavalheirismo e simplicidade, para ser econômico nos elogios.
Mas Deus tinha surpresa para ele, que não era daquilo que chamam de classe dominante, quando colocou em sua trajetória um cidadão de nome João Alberto de Souza. Nem toda paternidade é genética! Roberto correspondeu. Efetivo nas instâncias e militância partidária, assessor, secretário de estado, deputado estadual em repetidos mandatos, nunca perdeu a essência: continuou o mesmo Roberto Costa.
Agora é prefeito de uma importante cidade maranhense, Bacabal, e tenho torcida e convicção de que, se galgar a presidência da FAMEM, contará uma nova história no municipalismo desse estado. E o amanhã do Roberto Costa? Não sei e não tenho preocupação. A minha oração e desejo é que a marcha de vitórias continue. Nada mais! Uma palavra sobre João Alberto Souza. Interessado por política, sempre acompanhei a sua trajetória. Como crítico mordaz do sarneisismo, critiquei dezenas de nomes desse clã, incluindo o cacique e, primordialmente, a sua filha, mas nunca escrevi um til sequer, contra o político João Alberto. A razão de não o criticar era simples: sempre entendi que ele era um cidadão de bem, que tinha uma só falha: lealdade ao Sarney. Eu jamais poderia criticar alguém por lealdade, ademais, João Alberto era um dos poucos que não baixava a crista para o Sarney e, muito menos, para Roseana.
Mais ainda, com dezenas de anos de vida pública -deputado estadual, federal, senador, vice-governador e governador – não paira sobre João Alberto nem uma simples sombra de desonestidade. Isso é muito ou pouco, em um país repleto de ladrões? Agora foi consagrado como o vereador mais votado de Bacabal. Dentro dos seus conceitos de seriedade, quer se tratado como vereador. Simples, como sempre foi. Para completar, relembro o tempo áureo, na segurança do Maranhão, durante o seu governo e, nessa lembrança, por justiça, aplaudir o papel decisivo do coronel José Rui Salomão Rocha (in memorian) e do meu amigo, delegado Luiz Moura. Dos bandidos de então, se ainda vivem, concordam comigo! Assim, esse arrazoado não pretende tecer loas ao Roberto Costa, tampouco ao João Alberto, pois tudo que disse é somente um tênue retrato da realidade. Quero mesmo é parabenizar a cidade de Bacabal.
A maior parte das cidades brasileiras possuem um azar denominado prefeito e Câmara Municipal, Bacabal, definitivamente, não será mais uma “azarada”, já foi abençoada, Roberto Costa, prefeito, e João Alberto, vereador nos dão certeza e convicção. Resta, agora, somente a FAMEM seguir o mesmo desiderato da vitória.
(*) Médico otorrinolaringologista, legista, jornalista, advogado, professor universitário, músico, poeta, escritor, mestrando em Meio Ambiente e doutor em Administração, pela Universidade Fernando Pessoa, Porto, Portugal.