Negócios e coisas dos “oligarcas”: Em 2015, Flávio Dino continuou pagando a conta da mesma forma que fez Roseana.
Recomendo a leitura do editorial do Jornal Vias de Fatos, único, até agora, a cumprir por inteiro o papel social de um verdadeiro jornal, de passar as informações sem pender para um lado, mas, interpretar fatos que possam facilitar a compressão geral.
Abaixo, texto retirado do Blog do Ed Wilson, um dos poucos ligados ao grupo dos comunistas que também carregou a bandeira da “comunicação democrática”, que, hoje, não “entregou” a senha do seu blog. Valeu, professor.
São Luís, janeiro de 2016. O governo Flávio Dino mantém a memória de Sarney dentro do Convento das Mercês. Após um ano da nova gestão, não são percebidas mudanças relativas à invasão e golpe ocorridos em 1990, no famoso e imponente prédio que ocupa, no Centro Histórico, uma área de 6500 m² e teve sua construção iniciada no século XVII.
O problema começou e continua a partir da existência da antiga Fundação José Sarney, novamente disfarçada com o nome de Fundação da Memória Republicana. Foi com ela que o ex-senador do Amapá tomou posse do imóvel e lhe transformou numa extensão da Ilha de Curupu. Trata-se de uma instituição idealizada por ele há mais de 25 anos e reorganizada no último governo de Roseana, ocasião em que foi denunciada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MA). Esta denúncia da OAB foi apenas mais uma na folha corrida desta Fundação, que já foi uma instituição privada e agora sobrevive camuflada de pública.
Neste processo de usurpação do Convento, Sarney e a Fundação tornaram-se uma coisa só. E é esta mesma Fundação – que tem uma vida marcada por fraudes, farsas e esbulhos – que continua permitindo a presença de documentos, presentes, livros, estátua, carros, fotos, vídeos e frases impressas nas paredes, exaltando o insistente candidato a faraó. Segue a afronta. E Flávio Dino prometeu que “devolveria o convento ao povo”. Hoje, em janeiro de 2016, a promessa ainda não foi cumprida e ficam no ar as seguintes perguntas:
Por que o atual governo não extingue a Fundação e tira o acervo dela do Convento? A quem interessa a Fundação?
À história da república brasileira? À sociedade? Aos estudantes? Aos pesquisadores? À autoestima maranhense?
Ou ao oligarca que lhe idealizou? Em que outro lugar do Brasil tem um espaço que reflita tamanho atraso e submissão política? O dinheiro do contribuinte vai continuar financiando esta tentativa de fraudar a história? De forjar uma biografia? Para a Fundação continuar existindo houve uma conciliação? Por que segue tudo praticamente igual?
Flávio Dino, que prometeu mudança, vai consolidar a vinculação da memória de Sarney ao patrimônio histórico? Será este o papel do “proclamador da república”? O atual governo vai legitimar a falaciosa “memória republicana”. Ou Flávio Dino mudou de planos e resolveu ser um primeiro ministro, na monarquia maranhense?
Vai prevalecer, então, a lei do quero, posso e mando? Alguém perguntou à sociedade, aos donos do imóvel, se eles queriam entregá-lo? Por que os documentos ligados à fatídica presidência não podem ser guardados em outro local? Qual o motivo?
Tem que ser, obrigatoriamente, no Convento das Mercês? É por que ele faz parte do “patrimônio cultural da humanidade”? Esta é a razão? Esta é a vontade do “Dono do Mar”? Ele ainda manda na província? Manda no atual governo? Qual é? Existe algum pedido especial? Estamos mesmo num período de mudanças? Por que o silêncio em torno do assunto?
Cadê o atrevimento do começo do ano passado?
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