Há três tipos de mentiras: as pequenas, as cabeludas e as estatísticas.
Há menos de dez dias o governador Flávio Dino publicou em seu Twitter que o setor privado nunca puxará investimentos, e que isso nunca aconteceu no mundo.
Agora ele reaparece comemorando o PIB do Maranhão que, segundo o IBGE, foi o quarto melhor do Brasil, em 2017.
Esqueceu de dizer que esse resultado deve-se ao setor privado, em especial ao agronegócio que vem sustentando a economia do país, que sofre uma depressão na área industrial.
Ele não lembra de dizer que os três primeiros colocados são Mato Grosso, Piauí e Rondônia, onde estão mais dois dos estados que compõem o Matopiba.
Além da agricultura, outro setor eminentemente privado, a produção florestal para a celulose, destacou-se positivamente.
Já a pecuária e a indústria amargaram índices negativos. A indústria apresentou variação em volume negativa de 3,5%, somando-se às quedas em volume das atividades de construção (-10,2%), eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação (-2,0) e indústrias extrativas (-12,9%).
Portanto, o governador comemora o resultado de investimentos privados, que segundo ele próprio, não são suficientes para alavancar o desenvolvimento.
Sabe em que posição o Maranhão estava entre os PIBs do país? Em 17° lugar. Sabe onde ficou agora? Na mesmíssima posição!
Agora o mais trágico: o PIB per capita do Maranhão atingiu o último lugar dentre todos os estados. Segundo o mesmo estudo que é comemorado com tanta festejo, o Maranhão ultrapassou o Piauí como o estado de gente mais pobre do Brasil.
O governador comemora o crescimento da riqueza do Maranhão e finge que não tem nada a ver com a pobreza dos maranhenses.
Bem sabia o filósofo Disraeli quando disse que há três tipos de mentiras: as pequenas, as cabeludas e as estatísticas.