Pobre país de tolos, onde o poder emana das togas para as elites…

O bloqueio precede a queda, povo mantido em casa não tem voz, força, expressão e poder.

Sabe aqueles ex-juizes que gritavam “democracia”? Pois é, eles calaram diante da “ditadura” da toga.

Não, o poder não emana mais do povo, mas sim da toga. O poder do povo é apenas detalhe transitório para a “derrubada”. A democracia cobrada e gritada ficou só no discurso vazio eleitoreiro das “promessas de mudanças”.

Na antiga província, ex-juiz combinou com subalterno para fechar a grande cidade.

Nas outras cidades, do país dos tolos, tudo fechado, esperando conforme combinado. A  queda virá, a “democracia” exige.

O bloqueio precede a queda, povo em casa não tem voz, força, poder. Que desgraça, é compreensível todo atraso.

O poder emana do povo até depois de eleger o presidente, só pode demorar um ano, se passar disso já vai ser demais até a queda, que virá de forma infalível.

O poder do povo se foi, seu presidente estava até que os togados decidiram cassá-lo com ameaças de mandá-lo de boca fechada e tudo para a cadeia.

Não podemos esquecer que a ditadura militar foi que tirou direitos, até o povo votar e exercer sua democracia, lógico!

Foi assim. Na terra dos cegos que não querem ver, dois ex-juizes se destacaram para a remoção de outro ex-juiz,  que foi retirado do ministério.

A queda do presidente estava traçada, tudo pelas canetadas dos togados, expressão máxima do poder naquela ditadura.

Absurdamente, ele preferiu demostrar que o poder emana da ditadura para o seleto grupo das eleites. Ex-juiz de merda!

Pobre país de tolos, explorados, enganados. Até quando o poder deverá ser concentrado nas togas?

Queda, doença, pobreza. Vote, eleja, continue acreditando que o poder emana do povo.

Mas na verdade, o poder continuará emanando das togas para favorecer as elites.

Viva lá democracia.

1 pensou em “Pobre país de tolos, onde o poder emana das togas para as elites…

  1. ESPECIAL

    Segue uma reflexão interessante para quem tenta vislumbrar racionalmente o futuro da sociedade e da economia no imprevisível mundo pós-pandemia do novo coronavírus:

    Quando a pandemia passar

    Ricardo Viveiros

    Em meio à prioritária luta pela preservação da vida, travada na linha de frente da ciência médica, buscam-se soluções para a sobrevivência da economia. Além de vidas é preciso salvar empresas, empregos, investimentos, tributos, retomar o nível de atividade após o domínio da Covid-19. Na pandemia, a única certeza é de que tudo é incerto.

    Depois que o furacão passar, o mundo não será o mesmo. Algumas transformações, que estavam em andamento, deverão ser aceleradas, incluindo o uso de meios digitais, a intensificação do e-commerce e de tecnologias voltadas ao aprimoramento da qualidade e produtividade. No setor de serviços, entre outros, comprovou-se a viabilidade do home office, até com mais resultados.

    Na agricultura de precisão, que contribui para racionalizar o uso seguro de fertilizantes e defensivos, tais mudanças não serão na mesma velocidade em todas as nações e, até mesmo, dentro de países como o Brasil, com assimetrias regionais. Deve-se levar em conta a questão da governança, distinta entre as empresas de maior porte e o grande número de produtores familiares. Em muitos casos, o tipo de gestão e os que comandam seguem modelos tradicionais. Aos poucos, vão sendo influenciados e aprendendo com os jovens, que agregam conhecimento acadêmico e expertise em tecnologias e práticas modernas.

    Na área da saúde, há um ponto muito importante que a pandemia provou necessário: o prontuário digital. Esse avanço possibilita ao paciente e a qualquer médico que o esteja atendendo, terem acesso aos dados clínicos em qualquer lugar do País ou do Planeta. É fundamental que os profissionais que assistem um paciente possam acessar todas suas informações de saúde, incluindo eventuais morbidades que podem agravar a Covid-19. O prontuário digital facilita e direciona o tratamento desde o início, ajuda a salvar vidas.

    Por outro lado, como a humanidade está enfrentando um “inimigo” desconhecido, que a ataca há pouco mais de seis meses, é cedo para análises conclusivas do que vá acontecer após a pandemia. Algumas tendências de mudanças parecem adequadas e começam a ser levadas em conta. A digitalização, antes opcional e importante, torna-se irreversível e decisiva.

    Algo muito visível está nas empresas de todos os segmentos que estão conseguindo atender bem neste momento. Elas deverão sair fortalecidas desta crise, com boas perspectivas de crescer, fidelizar clientes e conquistar novos. A Covid-19 está mostrando com mais clareza, também o caráter das organizações.

    Algumas lutam para manter colaboradores, investir em qualidade, preservar o bom atendimento e a prestação de serviços de alto nível. Estas veem a pandemia como um momento de empenho coletivo e oportunidade de crescer na produtividade pela sinergia e liderança agregadora, participar de uma corrente ampla em prol do interesse coletivo.

    Outras, veem a crise como chance para ajustar o quadro atual à demanda reduzida, diminuir qualidade, aumentar preços, menosprezar a entrega de bons produtos e serviços e exigir mais resultados como ação unilateral, descolocada do interesse geral na luta pela sobrevivência. Estas, por miopia empreendedora, estão se descapitalizando de algo em que investiram por anos: os recursos humanos, seu mais valioso patrimônio. Terão mais dificuldades para se recompor depois da crise.

    O momento é de muita sensibilidade, ou seja, de extrema valorização de quem está ao lado da sociedade, do cliente, do fornecedor, dos parceiros e de seus próprios colaboradores. Empresas que souberem entender o momento e atender ao que se espera de organizações éticas, sairão fortalecidas da pandemia.

    Outro aspecto que parece caminhar para mudança mais profunda é a horizontalização da produção. Tal conceito, difundido e desenvolvido desde que a Era Digital intensificou a globalização nos anos 1980, deverá ser revisto. A crise mostrou que a dependência de insumos, matérias-primas e produtos e/ou componentes de outros países coloca várias cadeias de suprimentos em risco. É provável, assim, que as indústrias busquem um reposicionamento, com uma estrutura de produção mais autossuficiente no contexto de cada país e menos dependente de fornecedores externos. Surgem aí numerosas oportunidades para segmentos fornecedores de matéria-prima, peças, componentes e serviços para fábricas de bens de consumo e de capital, bem como na agroindústria.

    A história demonstra que a civilização aprende pouco e esquece com rapidez os problemas depois das crises. Portanto, é preciso estar atento, quando a ciência solucionar o desafio biológico do novo coronavírus, o que certamente ocorrerá, a como as pessoas e as empresas emergirão: será aprendida a dura lição, ou retornarão à “normalidade” como se nada tivesse ocorrido? Se a maioria do setor produtivo vislumbrar um mundo com mais competição e liberalismo, em um momento em que a maior parte da população parece esperar mais cooperação e solidariedade dos donos do capital, teremos perdido a histórica oportunidade de evoluir para melhor.

    Em Tempo: Ricardo Viveiros é jornalista, escritor, professor e autor dos livros “A vila que descobriu o Brasil” (Geração), “Justiça seja feita” (Sesi) e “Educação S/A” (Pearson).

    São Luís, 02 de Maio de 2020.

Os comentários estão fechados.