O caso dos respiradores desviados: Justiça do Maranhão trará luz às trevas causadas pelo comunismo Dinista durante 8 anos?

Contando com a impunidade?

Quem diria: Não é que a  fatura dos “respiradores fantasmas” chegou e poderá atrasar a viagem de Dino e Carlos Lula para Brasília?

Ex-gestores darão, enfim, explicações à justiça sobre dinheiro enviado por Bolsonaro?

A ponta do icebergue seria o desvio de verbas federais que foram enviados para comprar respiradores aos doentes do covid-19 do Maranhão, sendo que muitos doentes acabaram morrendo por falta desses equipamentos.

Uma pena que tudo que foi feito ao arrepio das leis tenha sido escondido ou impedido de ser apreciado pela população, pois quase tudo corre sob “segredo de justiça” até ficar esquecido. Ao menos um dos absurdos praticados nestes 8 anos de trevas intensas ainda poderá vir à luz.

Será que Dino e Carlos Lula acreditavam mesmo que ficariam impunes dos seus possíveis crimes? 

Genocidas que chamavam, acusando outros de suas culpas?

Lembram do absurdo caso dos respiradores comprados e pagos à vista, que nunca foram entregues aos doentes do Maranhão. A empresa de fachada, que vendia produtos à base de maconha, ligada ao consórcio (elaborado por governadores petistas para fazerem um governo paralelo) que, lógico, ia acabar com roubos.

Flávio Dino (ex-juiz) e Carlos Lula, ex-secretário de saúde, até então advogado bem intencionado, entrando numa furada ao aceitar um cargo numa área que não entendia patavinas, parece que vão, enfim, dar respostas aos casos escabrosos de desaparecimento de verbas da SES (Secretaria de Saúde do Maranhão), inclusive, verbas federais com direito a PF e tudo, sendo que, numa dessas, teve até médico suicidado…

Após saírem do governo do estado, parece que aquilo que estava “escondido” resolveu aparecer. (Abaixo, trecho do blog do Osvaldo Maya)

Procurador quer apurar compra de respiradores fantasmas por Dino:

O Ministério Público de Contas que atua perante o TCE (Tribunal de Contas do Estado) do Maranhão defendeu que a corte abra uma investigação ampla sobre a compra suspeita de respiradores pulmonares pela gestão do então governador Flávio Dino (PSB) para tratamento de pacientes em estado grave diagnosticados com Covid-19.

A compra foi feita no início da pandemia por dispensa de licitação e custou aos cofres públicos mais de R$ 9,3 milhões por 70 aparelhos, pagos de forma antecipada e nunca entregues à SES (Secretaria de Estado da Saúde), responsável pela negociação via Consórcio Nordeste.

A manifestação do MP de Contas, assinada pelo procurador Paulo Henrique Araújo dos Reis, orienta o tribunal a se aprofundar sobre o caso por meio da instauração de uma tomada de contas especial, tipo de processo que busca quantificar danos ao erário e identificar seus responsáveis, para apurar a gravidade das irregularidades apontadas pela área técnica da corte.

O parecer ministerial foi apresentado desde o dia 15 de março deste ano, embora o sistema do Tribunal de Contas, de forma incomum, exiba como último andamento do processo o dia 12 de novembro de 2021.

O relator é o conselheiro-substituto Antônio Blecaute Costa Barbosa. Quase cinco meses depois da manifestação do Ministério Público de Contas, ele ainda não apresentou proposta de decisão para ser votada pelo plenário da corte. Pelo regimento interno do tribunal, apenas Blecaute, por presidir o processo, pode solicitar ao presidente do TCE-MA, conselheiro Washington Oliveira, a inclusão em pauta do caso.

Além da inércia do relator, diversas outras paralisações e lentidão na investigação, mostrou o ATUAL7, também têm dificultado a conclusão do caso, iniciado há mais de dois anos. Em um outro processo de fiscalização de recursos da saúde, mas envolvendo suspeitas de irregularidades em licitações da EMSERH (Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares), Blecaute decidiu se declarar suspeito, por motivo de foro íntimo.

Relatórios apresentados pelo setor técnico do tribunal entre 2020 e 2021 apontam estragos milionários aos cofres públicos com o dinheiro dos respiradores, recursos que, se aplicados corretamente, poderiam ter salvo centenas de vidas de vítimas da Covid-19 no Maranhão. O resumo da auditoria é que a SES usou a situação de emergência causada pela pandemia para efetuar toda a negociação e repasse da verba sem transparência, com sobrepreço elevado e sem observar critérios legais no uso dos recursos públicos, principalmente em razão dos altos valores envolvidos e da relevância dos equipamentos naquele momento.

Quando o dinheiro público foi repassado antecipadamente às empresas Hempcare Pharma Representações e Pulsar Development Internacional, o governo maranhense era comandado por Dino. Ele renunciou ao cargo em abril para disputar o Senado na chapa de Carlos Brandão (PSB), que à época da compra dos respiradores fantasmas era vice-governador. Procurados, não retornaram o contato.

Como a compra dos aparelhos foi efetuada via a SES, o alvo direto da apuração, que tramita ainda como processo de fiscalização e acompanhamento de contratos, é o ex-titular da pasta, Carlos Lula –também alvo de outra investigação, no âmbito federal, pela Sermão aos Peixes.

Apesar do Palácio dos Leões ter conhecimento das suspeitas sobre a compra dos respiradores e do procedimento de fiscalização na corte de Contas, Lula deixou o comando da SES apenas em razão de exigência da legislação eleitoral, para concorrer à Assembleia Legislativa do Maranhão, como um dos candidatos do movimento RenovaBR, grupo apoiado pelo apresentador da Rede Globo Luciano Huck. O partido escolhido para a disputa é o PSB, o mesmo de Dino e Brandão. Ele também não respondeu a solicitação de posicionamento feita pelo ATUAL7.

Nos autos, por meio do escritório Rêgo Carvalho Gomes Advogados, que faz sua defesa no processo, o ex-titular da SES tentou a imposição de sigilo à apuração do TCE-MA, e falseou a LAI (Lei de Acesso à Informação) e uma instrução normativa do próprio tribunal para alegar que não tinha obrigação de divulgar contratos e demais documentos referentes à compra dos respiradores fantasmas.

Também esforçou-se para colocar sob suspeição a auditora estadual de controle externo Aline Vieira Garreto, que apontou, com base em levantamento realizado pela CGU (Controladoria-Geral da União), a diferença do valor praticado no mercado no início da pandemia e o despendido pela SES com os aparelhos pagos adiantados, mas nunca entregues.

Sobre a suspeição levantada contra Garreto, o chefe da Secretaria de Fiscalização do TCE do Maranhão, Fábio Alex Melo, já havia manifestado tratar-se “de um descalabro sem tamanho, que não merece nenhuma consideração”.

De acordo com a CGU, enquanto em compras efetuadas por estados e municípios o preço médio pago por respirador mecânico era de R$ 87 mil, os valores negociados nos dois repasses pela SES, por intermédio do Consórcio Nordeste, custaram quase R$ 165 mil no primeiro contrato e mais de R$ 218,5 mil no segundo contrato, por aparelho.

A Hempcare, microempresa recém-aberta de importação de produtos à base de maconha, mas aceita na negociação suspeita como revendedora de ventiladores pulmonares, recebeu do governo do Maranhão, por 30 respiradores, exatos R$ 4.947.535,80. Nenhum aparelho foi entregue nem o dinheiro revolvido.

Já a Pulsar recebeu R$ 4.371.840,00 por 40 aparelhos, também nenhum entregue. Após rescisão do contrato, a empresa devolveu R$ 3.877.906,31 aos cofres públicos. O valor faltante, segundo alegou Carlos Lula em sua defesa, seria em razão do deságio de R$ 493.933,69 resultante de diferença cambial pela desvalorização da moeda brasileira perante o euro no intervalo de tempo entre a pagamento e a devolução.

O ATUAL7 não conseguiu o contato das empresas.

Nenhuma das alegações do ex-secretário de Saúde do Maranhão foram aceitas pelo procurador do Ministério Público de Contas, que acompanhou integralmente as conclusões e propostas encaminhadas pelo setor técnico da corte, sugerindo a conversão dos autos em tomada de contas especial, “em fase da gravidade já amplamente debatida nos autos”.

“Ao que parece, em que pese a situação de emergência, as cláusulas implementadas foram extremamente desfavoráveis ao comprador na medida em que não se exigiu as garantias mínimas para o desfecho do contrato com a entrega dos respiradores, o que elevou sobremaneira os riscos quanto a possíveis dano ao erário. Vale dizer, ainda, que a excepcionalidade do caso não autoriza, de forma alguma, a mitigação de cláusulas tão nobres e fundamentais quanto ao resguardo da coisa pública por parte dos agentes públicos ordenadores de despesas e responsáveis pelas contratações”, destacou.

A compra dos respiradores fantasmas também entrou na mira do Ministério Público do Estado, mas acabou sendo arquivada após investigação relâmpago, sem justificativa pública plausível.

Apesar do inquérito civil haver tramitado integralmente sob movimentação processual aberta, um pedido do ATUAL7 via Lei de Acesso à Informação para acesso aos autos foi negado pelo, à época, promotor de Justiça Danilo José de Castro Ferreira, que atuava na assessoria de investigação de ilícitos praticados por agentes políticos detentores de foro, braço-direto da PGJ (Procuradoria-Geral de Justiça). Recentemente, ele foi empossado no cargo de procurador de Justiça, e assumiu a 22ª Procuradoria de Justiça Cível, com atuação junto à 7ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Maranhão. (Entenda clicando aqui)