No Rio, o diabo sambou na “comédia” brasileira…

Ivete brilha, Crivella falta e Salgueiro apresenta o diabo…

Depois de mistério durante a semana, prefeito-bispo se ausenta e perde desfiles em homenagem à cantora baiana e ao inferno da “Divina Comédia”.

Com o enredo ‘A divina comédia do carnaval’, a escola de samba Acadêmicos do Salgueiro desfila no Sambódromo da Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro (RJ)

O primeiro dia de desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro começou em baixo astral. A chuva e a tragédia que deixou oito pessoas feridas na apresentação da Paraíso do Tuiuti esfriaram os ânimos na Marquês de Sapucaí.

Só com a presença da cantora Ivete Sangalo, tema do enredo da Grande Rio, é que as arquibancadas voltaram a se contagiar.
Pela primeira vez desde 1984, o prefeito da cidade não prestigiou os desfiles no primeiro ano do seu mandato.

Depois de fazer mistério durante toda a semana, Marcelo Crivella não apareceu na Avenida para assistir às escolas do Grupo Especial. Ele, que é bispo licenciado da igreja Universal, também já havia quebrado outro protocolo simbólico do Carnaval Carioca. Na sexta-feira, Crivella não entregou a chave da cidade para o Rei Momo.

Salgueiro

Os fotógrafos da Sapucaí lamentaram a ausência de Marcelo Crivella. Imaginavam fazer imagens do prefeito ao lado de carros alegóricos com referência ao diabo (haviam três deste tipo no desfile do Salgueiro).

A escola da zona Norte do Rio levou para a Avenida um enredo sobre a Divina Comédia de Dante Alighieri. Especialmente no início do desfile, o impacto visual dos carros e fantasias foi muito forte. Sem erros, o Salgueiro deverá brigar pelo título. (retirado da reportagem da Veja)