Por: Leonardo Moraes
Vive-se em um mundo no qual olhamos para o abismo. Este abismo, diferente de outros, é escuro, de modo que ainda na superfície não conseguimos mais enxergar nada. O pior: todos os dias muitas pessoas caem neste abismo, e você, como espectador, não pode fazer nada, ou pode?
Antes de tudo é necessário evitar que você caia no abismo. Entenda que nem sempre avançar significa melhorar. Dê um passo para atrás, ou seja, regrida, neste caso é o melhor a ser feito.
A sociedade em que vivemos não chegou a esta situação de um dia para outro. O homem colocou-se no centro de tudo, mas o homem é falho, então como resolver este problema? Ignoremos as desvirtudes do homem. Errar não é mais culpa sua, mas culpa “suas”. E se a razão é a melhor faculdade, porque o homem na “idade da luz” ainda erra? Ao invés do arrependimento e perdão teremos o sigilo. O desonesto se mostrará honesto, quando mais se mostrar ser certo mais se saberá que é errado.
O homem não pode conhecer tudo, e a busca pela verdade se mostrará uma perda de tempo. O conhecimento é como um oceano infinito. Quem navega nele guarda consigo a viagem. Alguns homens ao invés de guardar a viagem tentaram guardar o oceano, e como consequência tiveram suas mentes dilaceradas. A verdade então não será o quanto que se sabe, mas sim o quanto que o intelecto se adequará à coisa em questão, entretanto tratar da epistemologia não é a finalidade deste texto.
A ambição do homem sucumbiu, só que ainda sim persiste em “avançar”. A vida, propriedade privada, liberdade e família foram subvertidas. A vida tornou-se um fardo, a propriedade privada é como xingamento, a liberdade encontra-se escravizada, e a família não é mais do que um grupo de pessoas. O antigo se mostra não ser ruim como o moderno aparenta ser. Para que o novo vigorasse o antigo precisava ser revogado. As ideologias subverteram a ordem natural para estabelecer uma ordem artificial.
Há solução? Sim, e é mais simples do que se imagina: basta que as instituições sejam restauradas. Não tem nada relacionado ao Estado, mas sim ao indivíduo. Se você respeita a vida humana, não agride a propriedade privada, vê a liberdade como excesso de autonomia dentro dos limites éticos e morais, e a família como a instituição social mais importante na formação do ser humano e não defende nada que vá contra os itens anteriores está no rumo certo.
E se não? Ou você age inconscientemente como resultado de anos de degradação ética e moral ou você age conscientemente acreditando em alguma ideologia que tenta fazer da Terra o paraíso, mas que resultará no inferno. Pode passar os dias, os meses, os anos: é impossível mudar a natureza humana, qualquer tentativa é utopia.
Por fim, serei compreensível caso seja melhor para você ter prazer negando a verdade ao invés de ter dor aceitando-a.