Jornalismo autêntico desfazendo narrativas dos militantes da imprensa…

“A bala assassina de um petista”, por “culpa de Bolsonaro”, apenas evidenciou a morte do jornalismo feito por militantes:

Surpresa zero que um tiroteio entre dois rivais tenha saltado da tela da Globo e virado narrativa político-eleitoral do Palácio do Maranhão, que teima em fabricar “Reis Pachecos”.

Sem novidade, mudança ou renovação. O Dinismo (comunismo Flávio Dinista) aproveita tudo para revelar-se: é apenas o continuísmo de tudo que pensávamos ter acabado. 

Abaixo, considerações importantes sobre o tiroteio entre dois rivais, que nada teve de “político”, mas ganhou palanque ao ser noticiado sob o víeis “progressista”, através da narrativa anti-bolsonarista:

Outra boa análise feita pelo jornalista e poeta maranhense Roberto Kenard, que destruiu até as falácis político-eleitorais de Dino e CIA.

Sabedor de que dois sujeitos, um petista e o outro bolsonarista, haviam trocado tiros, tendo como desfecho a morte de um e a internação do outro gravemente ferido, tapei o nariz e fui ver ontem como a Globo iria noticiar o caso. Como esperado, houve de tudo, menos jornalismo.

Em primeiro lugar, ninguém que perca o distanciamento diante de um fato pode dizer-se jornalista. É o distanciamento que permite a melhor aproximação ao que se passou. E essa aproximação sempre será precária, porque será inevitavelmente de segunda mão.

A imprensa brasileira há muito perdeu isso de vista, que é antes de tudo um exercício de modéstia. Do esporte à política, os jornalistas tomaram para si a função de acusadores e juízes, a um só tempo. Não espanta que em vez de procurar apaziguar os ânimos num ambiente irracionalizado, jogue gasolina na fogueira.

Quando duas pessoas se agridem, resultando em morte ou não, duas perguntas básicas os jornalistas precisam responder aos leitores ou a quem o assiste: 1) os dois já se conheciam? 2) tinham algum tipo de rixa, pessoal ou por meio de redes sociais, antes do acontecido?

A partir daí o jornalista pode avançar para um vasto leque de perguntas e respostas. Nada disso nos foi entregue pela tal reportagem do Fantástico. Ao contrário, para a emissora, o que morre é sempre a vítima, no sentido de não ser o culpado. As coisas jamais são assim simplórias. Um agressor pode levar a pior e morrer, o que não o torna inocente.

Estou defendendo alguém no ocorrido? Evidente que não. Afinal não tenho os elementos necessários para uma opinião pelo menos razoável. Estou cercando as falhas gritantes que contaminaram desgraçadamente o jornalismo brasileiro.

O jornalismo brasileiro hoje é parte direta no irracionalismo estúpido que tomou conta do país. E que a sensatez manda dizer que não nasceu agora. Agora só piorou e chegou a extremos perigosos. Desde 2002 a política brasileira se contaminou do irracionalismo, com adversários sendo transformados em inimigos a serem eliminados.

Ou alguém aí esqueceu aquele despropositado “nós contra eles”? Um “eles” absolutamente abstrato, a ponto de caber qualquer um, até o que é crítico e não é inimigo do “nós”.

Eis que venho escrevendo que os dois melhores colocados nas pesquisas para presidente não serão capazes de apaziguar o país, para não falar que sobre ambos pesam indiscutíveis denúncias de corrupção e ausência de projeto para o Brasil.

Escolher um desses dois é deixar-se capturar pela teia do irracionalismo e sua consequência mais visível: a barbárie.

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