A triste sina do Maranhão

Por Abdon Marinho

UMA pesada angústia toma conta dos cidadãos de bem do Maranhão. Apenas os de bem, aos demais, os arrivistas ou oportunistas, os cínicos ou indiferentes, os aduladores ou, mesmo, aos desinformados é como se nada estivesse acontecendo ou estivesse em vias de acontecer em futuro breve.

A questão de fundo que trataremos neste texto é a mesma que já tratamos por diversas vezes neste espaço. Não será surpresa se o leitor que se dispuser a lê-lo ficar com a sensação de “déjà vu” ao longo do mesmo.

Por estes dias, conforme foi amplamente divulgado pela mídia, tomamos conhecimento que o governador do estado vai sair pelo país para “vender” a nova jaboticaba brasileira: um tal de “movimento 65”, que nada mais é que o nome de fantasia do seu partido, o Partido Comunista do Brasil – PCdoB, que continuará a existir com nome, programa e manifesto e todas a demais mazelas, mas será “vendido” por sua excelência e seus correligionários como o algo “novo” no front da política nacional.

Pelo que ouvi dizer o tal movimento tem até um manifesto próprio, bem diferente daquele registrado perante a justiça eleitoral que prega a supressão da economia capitalista e a coletivização dos meios de produção.

É de se reconhecer que a “missão” é das mais árduas, significa a negação de quase 200 anos de história do comunismo – se pegarmos por base o lançamento do Manifesto Comunista, de Marx e Engels, de 1848 –, a negação do presente – se pegarmos o apoio oficial e escrito emprestado pelo partido aos regimes totalitários comunistas de Cuba, China, Camboja e Coreia do Norte, apenas para citar alguns –, e a projeção para futuro de que tanto o passado quanto o presente não têm qualquer relação.

O partido de sua excelência corre o risco de vir a ser conhecido como “o partido que não ousa dizer o nome”.
Não duvido que consiga. O Brasil, acredito, nunca viveu um momento de tamanha estupidez, a ponto de numa entrevista dada pelo governador nesta missão partidária aos dois maiores veículos de comunicação do país, os entrevistadores não terem o discernimento de perguntar ao entrevistado o significado histórico de esquerda/direita, se prega as ideias originárias da doutrina política; se nega os crimes cometidos no passado e no presente; a razão de nunca terem feito uma autocrítica ou modificado o estatuto/programa do partido.
Como imbecís ou amestrados engoliram a xaropada que lhe foi vendida.

Pois bem, o governador, conforme anunciado, faltando três anos para o pleito de 2022 vai tratar de percorrer o Brasil nesta missão de mascate, vender ilusões e “vender-se” como a solução para os problemas nacionais.

Menos mal se fizesse isso renunciando ao mandato de governador e as próprias expensas ou, quando muito, às expensas do seu partido, mas nunca, jamais, mantendo-se nos espaços no governo do estado e, muito pior, às custas do contribuinte maranhense.
É verdade que desde que assumiu o governo, ainda em 2015, o governador e seu ciclo mais chegado, sempre tiveram como meta usar o governo do Maranhão como um trampolim para projetos maiores, que não são projetos do estado ou do interesse da sociedade maranhense, mas, sim, projetos pessoais, quando muito partidários.

Daí o desejo e a política de aliar-se a tudo e todos independente das biografias dos aliados, fazendo crescer ou aumentar antigas práticas que já pensávamos sepultadas pelo lixo da história.
E por falar em história, quando algum historiador tentar desvendar as razões do atraso quase que civilizacional do nosso estado certamente deverá levar em conta o fato que tivemos governadores que se “acharam” grandes demais para cuidarem do estado e merecedores coisas bem maiores.

Vejam só, o estado do Maranhão ostenta índices de desenvolvimento comparáveis aos de muitos países africanos, encontra-se na “rabeira” em quase tudo que é indicador, possui uma das piores infraestrutura do país, não produz quase nada, tem que importar até o que é consumido pela população local – isso a despeito de possuir terras e água em abundância e estações climáticas das mais estáveis –, já entrando no sexto ano de governo e tendo elevado substancialmente o número de miseráveis, sua excelência acha que ele e o partido comunista têm muito a oferecer ao Brasil, quiçá, ao mundo.

Um amigo costuma dizer que se desligarem as redes sociais por um dia o governo acaba. Eu acrescentaria a isso o fim das gordas verbas publicitárias que servem para “emburrecer” formadores de opinião a ponto de não lhes permitirem fazer os questionamentos mais óbvios.
Aos incautos, aos tolos, ou aos desprovidos de qualquer discernimento ou caráter, se apresentam como o que há de “novo” no front da política nacional.

A vantagem de vivermos no Brasil é que aqui a piada já vem pronta.
Mas essa má sina do estado não vem de hoje, Sarney tinha essa mesma visão: que era “bom demais” para se “perder” com os assuntos Maranhão.

Ainda hoje, como revelou em texto publicado faz pouco tempo, acha que a culpa do nosso atraso em relação aos demais estados é de Deus que não nos proveu com solos férteis e/ou minerais valiosos. Crente neste pensamento encarou e encara com naturalidade que ostentemos tantos indicadores desfavorável. Mesmo “mandando” por décadas na política local e sendo dos políticos brasileiros mais exitosos, além de lhe ter “caído” no colo a presidência da República, não fez o suficiente para mudar a nossa triste realidade.

A era política que ficou conhecida como “sarneísmo”, findou, dizem, quando assumiu o atual governo, em janeiro de 2015.
Finda aquela, acalentávamos a ilusão de que haveria uma mudança na compreensão de Estado, de transformação das políticas públicas e de desenvolvimento e não apenas como um “trampolim” para a conquistas de posições no cenário da política nacional.

Como já dito e assistido por todos, as mudanças almejadas não aconteceram, muitos indicadores pioraram sensivelmente e se compararmos as obras estruturantes feitas ou conseguidas por Sarney nos seus quatro anos e as compararmos com as do atual governo, nos cinco anos que já se passaram (e mesmo com três anos que tem pela frente), suspeito que o governo Sarney leve uma grande vantagem. Aqui não se trata de proselitismo, mas a análise de dados objetivos.

Basta dizer que, salvo alguma exceção, não encontramos uma rodovia estadual que nos permitam rodar mais que dez quilômetros sem cairmos em algum buraco. Costumo fazer o desafio da rota São Luís-Carutapera, via ferry boat, que quase todo é feito por vias estaduais. Duvido que alguém percorra dez quilômetros, nem mesmo cinco, sem ter que desviar de alguma cratera.
Por outro lado, as velhas práticas persistem – cada vez mais acentuadas –, e o estado continua a ser utilizado como um trampolim para os sonhos dos governantes de plantão.

E não é só, se quando sonhávamos com o pós sarneísmo tínhamos esperanças de um futuro melhor para o nosso estado e sua população, quando projetamos o pós comunismo e vemos quem são os que “ameaçam” governar o Maranhão, só temos motivos para angústia e tristeza.
O governo comunista do Maranhão não nos deixa só um legado de falta de infraestrutura, más práticas administrativas, destruição da economia e previdência do estado; miséria e elevação tributária; piora nos índices sociais e aumento da pobreza absoluta.

O pior legado destes tristes anos, é a falta de esperança para o futuro. É isso que angustia e preocupa os homens de bem.

Abdon Marinho é advogado.

Prefeita Dídima Coêlho acompanha obra de desassoreamento do Rio Grajaú

Prefeita de Vitória do Mearim, Dídima Coelho

A Prefeitura de Vitória do Mearim acompanhou a obra de desassoreamento do trecho de nove quilômetros do Rio Grajaú, próximo ao encontro com o Rio Mearim, feita com recursos de uma emenda parlamentar. O primeiro quilômetro já se encontra completamente navegável.

O assoreamento do trecho do Grajaú ocorreu por conta de um desvio irregular feito por um proprietário de terras na região que represou parte do rio e desviou a água para fazer um lago dentro de sua propriedade. Com o corte irregular, a cidade de Lago Açu deixou de receber a água do Grajaú e o encontro com o Mearim foi aterrado.

Desassoreamento do trecho de nove quilômetros do Rio Grajaú

A obra está sendo realizada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT, graças a uma emenda parlamentar do senador Roberto Rocha, que destinou recursos para conservação das hidrovias que cortam o município e seguirá até a completa abertura do canal e restabelecimento da navegação em todo o trecho afetado.

No local já desassoreado, a prefeita Dídima pode avaliar as condições de navegabilidade e a continuação na obra nos oito quilômetros restantes. Ela pode ver de perto as condições avançadas do aterramento ilegal, como em alguns trechos onde já há uma nova vegetação se formando no que deveria correr o leito do Grajaú.

“É um sonho realizado. Um sonho pelo qual temos lutado desde 2017. Conseguimos com o senador Roberto Rocha, através DNIT, realizar o sonho de muitos. O rio estava assoreado, já tem pés de imbaúba grandes no local. Já nem saímos onde deveria ser o leito do rio. Isso graças a uma pessoa que teve o capricho de tomar para si o rio dos pobres”, contou a prefeita.

Desassoreamento do trecho de nove quilômetros do Rio Grajaú

“Enquanto eu for prefeita ninguém mais vai desviar água do rio, podem ter certeza. Vou seguir lutando contra aqueles que não querem que eu faça as mudanças. Vamos ficar atentos ao crime ambiental cometido aqui e a pessoa responsável será penalizada dentro da lei”, completou Dídima Coêlho.

Também estiveram na visita técnica, o secretário de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente, Helierto Pitone, o secretário de Infraestrutura, Paulo Guedelha e a engenheira ambiental da secretaria, Rysllen Rayssa Aragão.

O secretário lembrou que o rio é fonte de água e que sem ela não há vida para os moradores ribeirinhos ou mesmo para as cidades que são abastecidas pelo Grajaú. “Esta caminhada que a gente fez foi cansativa, mas gratificante demais. Esta obra está trazendo vida”, declarou Helierto Pitone.

Já a engenheira contou com mais detalhes sobre o crime ambiental praticado pelo fazendeiro que desviou o curso do Grajaú.

“Com a vistoria que fizemos agora, conseguimos constatar alguns crimes ambientais. Estamos falando de uma Área de Preservação Permanente (APP). Hoje trabalhamos para solucionar problemas ambientais e nos deparamos, infelizmente, com casos como este, que é um problema antigo e que graças a prefeita Dídima teremos de volta o rio e a economia local. Estamos falando de uma área onde as pessoas precisam da pesca para sobreviver. Esse não é um benefício para um, é para a comunidade”, explicou Rysllen Aragão.

Morador ribeirinho, o senhor Manuel Benedito, afetado diretamente pelo assoreamento do Grajaú, falou sobre sua experiência com a situação alarmante dos rios e sobre suas expectativas com a obra.

“Depois que o rio foi morto, acabado, nunca tinha existido um prefeito de coragem, mas hoje temos uma prefeita encorajada. Agradeço o apoio que recebemos, e estamos recuperando o rio com muita luta. Não vamos desistir, esse era o sonho da prefeita e ela vai ver ele realizado, porque não vamos aceitar mais nenhum daqueles que nascem para destruir a nossa natureza”, ressaltou o morador.

Também prejudicado com o crime ambiental, o senhor Dedé, lavrador, agradeceu o empenho da prefeita Dídima, cuja gestão reuniu parceiros para fazer a obra de desassoreamento.

“Sentimos a preocupação da prefeita com o povo da beira do rio, que sofre muito quando desviaram o igarapé e as pessoas começaram a passar necessidade, com o rio sem peixe. Foi muito difícil conseguir o que estamos vendo agora, só foi possível graças ao empenho da prefeita Dídima e do senador Roberto Rocha. Estamos felizes porque sabemos que vai voltar a riqueza do rio Grajaú”, destacou o senhor Dedé.

O jogo de xadrez das campanhas de marketing político

As campanhas políticas se aproximam e no atual cenário do país, com eleitores incrédulos, a Política está tomando outra forma. É de fundamental importância para os pré-candidatos que as estratégias sejam bem planejadas e já entrem em prática.

Publicitário Janderson Landim (direita na foto)com pré-candidatos a prefeito 

”Uma campanha avaliada, bem planejada e executada, nos leva à vitória nas urnas. A preparação do candidato e a visão a longo prazo de bons profissionais do marketing são cruciais nesse processo”, diz Janderson Landim, publicitário e dono da agência Jakarta Publicidade, que vem sendo cobiçado por pré-candidatos em todo o Maranhão devido a sua forte e vitoriosa atuação em campanhas anteriores. “Estou definindo em quais municípios atuaremos e quais candidatos iremos apoiar.” Acrescenta ele.

Janderson afirma também, que contará com novos apoiadores e investidores fortes para as campanhas que virão.

“Semana passada visitei alguns Estados como: Rio de Janeiro, Espirito Santo, Ceará e Mato Grosso, conversando com amigos empresários que possuem grande interesse em investimentos no Maranhão e já querem ajudar nossos candidatos, além de empresários de São Paulo, que já alinhamos projetos no início de janeiro.”

Alguns municípios da Baixada Maranhense, já possuem pré-candidatos em tratativas bem adiantadas para serem agenciados pela Jakarta Publicidade. Entre esses, está Agamenon Weba, que vem se destacando em Santa Helena e que conta com o apoio de ex-prefeitos, deputados e também do Senador em exercício Roberto Rocha.

Em Pinheiro, a campanha promete uma disputa acirrada entre o atual prefeito Luciano Genésio e o Deputado Estadual Dr. Leonardo Sá. As últimas pesquisas, mostram que o atual prefeito possui índice de rejeição cada vez maior, enquanto o deputado vem se destacando com crescimento expressivo da intenção de votos.

“Estivemos avaliando minuciosamente o potencial dos candidatos interessados em ser agenciados pela Jakarta. Vamos apostar em campanhas vitoriosas! ‘Pois o importante é competir’, vale para o esporte. Na política, o objetivo é vencer!”, finalizou. (Blog do Jorge Aragão)