Imposições do fascismo, ou: cala a boca jornalista…

Sobre o sumiço do poeta Rubro!

Na antiga província, a população esperou por décadas pela queda da família real, pela retirada das oligarquias familiares, mas foram enganados, surpreendidos com uma ditadura cujo regime fascista tenta impedir as pessoas. Neste contexto, alguns antigos jornalistas decepcionados na atualidade jogam sobre a figura dum capataz a culpa do “cala boca” dado no poeta rubro-negro.

Rubro era um esperançoso que acreditava nas promessas feitas por um “doutor das leis”, teria sido “emprenhado pelos ouvidos” num dos impecáveis discursos onde era aclamado pelo título de “professor de deus”, comentam os mais incrédulos da atualidade. Rubro, que teve sua alma ferida pela angustia da política atual ainda chora pela perversidade instalada pelos vendedores de ilusões, enganadores eleitorais, roubadores dos sonhos dos pobres cidadãos.

Vez por outra, faz bem lembrar das crônicas do empobrecido estado, de gente trabalhadora, que acredita no seu país, mas que vive sendo roubado, saqueado em tenebrosas transações pelos seus políticos ideológicos.

Na triste história, a luta de um antigo jornalista, um verdadeiro poeta, exímio escritor da cena política, que foi entristecido ao ponto de calar-se diante dum governante conhecido por “diabão”.

“Donos do gado”

O calaboca do secretário do diabo, que mudava mentiras em verdades absolutas, empurrava na imprensa, via goela abaixo, as peças publicitárias, prontas, redigidas e mastigadas de acordo com o gosto palaciano; como “verdades” produzidas nos porões da ditadura, segundo o fascismo palaciano, deveria ser aplicada e seguida como regra geral.

O poeta Rubro, que não tolerava os corruptos, tentou evitar a “cartilha”,  ele que usou sua escrita para denunciar roubos, que esperou décadas pela “libertação”, teve que aturar outros piores na atualidade.

A maldade dos que obrigam a imprensa publicar suas mentiras como se fossem verdades coletivas teria sido a gota d’água, o poeta não resistiu e foi ao chão. Sua índole não aceita que a imprensa tenha mordaças, sem miopias, não aceita que todos se rendam cegamente em obediências ao secretário do diabão, o capataz das penas. Te arreda!

Numa espécie do ministro da propaganda dos nazistas, o Goebbls. Don Raton tinha status de capataz naquela antiga província. Apelidado pelos escravos rebeldes de “capitão do mato”, o certo é que era o principal dos homens, quando o diabão não ia, lá estava, cheio de poderes e maldades para fazer descer goela abaixo dos pagadores de impostos suas versões de “verdades”. Vade retro!

O poeta que sempre foi admirado pelo que escrevia, estava calado, triste de marré. Sabedor da política, sempre deixava desnuda a cena da prostituição, não aquela descendo a lodeira do pequenino jornal, mas, àquela da política espúria praticada pelos putos do grupo que dominava a cidade por mais de 50 anos.

Poetas, escritores, pensadores geniais, calados, entristecidos, vermelhos de vergonha.

Nesta cidade eram todos leitores do saudoso Rodrigues, combativo escritor da gigantesca coluna dum pequenino jornal, que dizem ter morrido de tristeza, sem ver o sol da justiça nascer para o povo da velha cidade, sendo roubados por mais de 50 anos pelas oligarquias familiares, hoje padecem nas garras do diabão.

Diferente do Rodrigues, tinha o garoto Saravá, traquino, da letra contundente, estaria sendo tentado a debandar do antigo grupo para o palanque armado do diabão. Lá, como antigamente, ainda hoje, tudo vira politicagem. Quanta tristeza.

O velho poeta Rubro, que acreditava no futuro diferente, de prosperidades, foi outra vítima do “Dr das leis, que tinha título de professor de deus, enganou a todos com sua fábula “social”, que faria “crescer”, “prosperar”, enriquecer, mas assim que assumiu fez tudo empobrecer.

Para esconder a dura realidade, Diabão providenciou suas reportagens (pagas) para mostrar aos outros estados do país suas publicidades enganosas, batia fotos dando migalhas com uma mão aos pobres, enquanto tirava milhões com a outra, alegando que daria fim às roubalheiras, mas piorou a corrupção em seu governo.

Terra arrasada, estado vendido como “mudança” que ascendeu em números da criminalidade, qualidade de vida zero, escolas zero, pobrezas cem. É esse o terreno onde o jornalismo de letra pendente, que vende ilusões publicitárias, envergonha as almas, tenta distrair os sorrisos presos nas gargantas.

Sim, senhor, comandante das mentiras.

Só nos resta um pedido, uma prece. Volte, Rubro, a propagação da verdade em suas escritas será o melhor antídoto contra o autoritarismo fascista.