Máfia do lixo de SL? Capital do Maranhão pagou mais que países da Europa…

Lixo caro!

Durante o dia, o assunto mais debatido nas rodas de conversas dos poderes foi o lixo de nossa capital. Imaginem que nossa produção de lixo, superou em milhões as cifras do ($) Euro. Abaixo uma pequena constatação via blog do Neto Cruz:

Mais lixo que em Paris

A contratação dos serviços de coleta de resíduos sólidos em São Luís ficou 60% mais cara para o consumidor ludovicense. Nos últimos dez anos, o custo do serviço pulou de R$ 55,5 milhões para R$ 100 milhões. O motivo: a destinação de resíduos sólidos de grande porte para um único aterro particular – a Central de Gerenciamento Ambiental Titara S/A.

Antes da licitação, realizada pela gestão João Castelo (PSDB) em 2011, as companhias coletoras – Vital e Limpel – não pagavam nenhum valor para despejar resíduos no aterro municipal da Ribeira. No entanto, o serviço passou a ter um custo, depois da conclusão do certame, com previsão de gastos de R$ 3 bilhões em 20 anos, prorrogáveis por mais 20 – o que dá um gasto anual de R$ 155 milhões, sem considerar os reajustes previstos em contrato e a disposição final do lixo em aterro privado, instalado fora de São Luís.

Na época, antes do pregão ser realizado, o serviço era prestado por duas empresas através de contrato emergencial. Nesse período, as companhias adquiriram áreas para instalação do aterro no vizinho município de Rosário. Os contratos emergenciais foram firmados sem licitação e o Ministério Público chegou a apurar indícios de superfaturamento de 30%, além da capacidade operacional do sistema de limpeza urbana. As empresas que estavam operando na capital chegaram a obter três prorrogações contratuais, sem processo licitatório.

MAIS LIXO DO QUE PARIS

A quantidade de lixo produzida por uma sociedade é diretamente proporcional ao poder de compra dos seus integrantes. Quanto maior o poder aquisitivo, mais consumo e, portanto, mais lixo. Esse parâmetro funciona para o mundo inteiro, mas desmorona quando agrega os números produzidos pelo serviço de limpeza pública pago pela prefeitura da capital maranhense.

Os ludovicenses, que nem de longe formam uma das duzentas mais ricas comunidades do mundo, pelo menos na conta de lixo atual, seriam uma das duas populações com maior poder de compra do planeta, deixando para trás cidades como Paris, Barcelona, Tóquio, Londres e Nova Iorque.

O morador de São Luís produz, em média, 1,740 quilo de lixo por dia, 100 gramas a menos que os moradores de Roma e quase 200 gramas a mais que os habitantes de Barcelona, na Espanha. Roma é o maior centro de visitação turística do mundo, onde se concentram 365 dias por ano pessoas com elevado poder de compra. Anos antes de Edivaldo Júnior assumir a Prefeitura, a média era de 1,240 quilo/dia, quantidade já considerada alta em comparação à média das cidades mais ricas do mundo.