ENTREVISTA EXCLUSIVA – “Recebi missões do Alckmin para montar um programa para resolver as questões do Nordeste e a pobreza do Maranhão”, afirma José Reinaldo

Pré-candidato ao Senado Federal, ex-governador do Maranhão fala da sua pendenga com o DEM e a ida ao PSDB

Brasília-DF, 26/04/2018) “São Paulo é um gigante. Podemos transformar o Maranhão também num gigante, com a ajuda do Alckmin”. A declaração é do deputado federal e pré-candidato ao Senado nas eleições de outubro, José Reinaldo Tavares (PSDB).

Deputado Federal José Reinaldo em dia de trabalho nas comissões dos deputados

O ex-governador do Maranhão participou nesta quarta-feira, 25, da primeira reunião, após a sua filiação no PSDB, com o pré-candidato do partido à Presidência da República, Geraldo Alckmin.

Em entrevista exclusiva ao jornalista Gil Maranhão, ele afirmou que recebeu de Alckmin a incumbência para elaborar um programa com políticas sociais e estruturantes para resolveu problemas crônicos da região Nordeste e, em especial, contribuir para erradicação da pobreza no estado do Maranhão. José Reinaldo, que era do PSB e tentou se filiar ao Democratas, também falou da sua pendenga com o partido, no âmbito estadual, e como chegou ao tucanato.

Deputado, o senhor paquerou o Democratas, até desejando o retorno para uma casa onde já esteve (ex-PFL), e agora está no PSDB. Porque não deu certo este namoro com o DEM?

JOSÉ REINALDO – Olha, surgiu uma coisa inesperada na história do DEM, que foi a candidatura do Rodrigo Maia (presidente da Câmara Federal). Ninguém esperava essa candidatura. Parece que ele tinha um acordo com o governador Flávio Dino e levou o partido para ter o apoio do Flávio. Eu até falei para ele: ‘Rodrigo, o governador já lançou o Ciro, já lançou a Manuela D´ávila, já lançou o (Fernando) Haddad, o que ele vai fazer contigo lá (no Maranhão)?’. Mas ele acreditou na história, de forma que atrapalhou completamente a minha ida para lá (para o DEM). Eu creio que ele (Maia) nem deve ser candidato, na verdade. Acredito que o partido vai acabar ficando com o Alckmin mesmo. Mas, o que aconteceu é que isso impossibilitou a minha ida para o DEM. E ai eu recebi o convite do Alckmin. Estive em São Paulo conversando com ele. Fui muito bem recebido. E hoje eu posso dizer que foi a melhor coisa que eu fiz. É um partido muito maior, com tempo (de rádio e TV) muito maior, muito mais estruturado.

Como o senhor se sente agora, no ninho tucano?

JOSÉ REINALDO – Eu me sinto muito bem entre os tucanos. Recebi missões do Alckmin para montar um grande programa para resolver as questões fundamentais do Nordeste e do Maranhão, em particular, da pobreza imensa que o estado está envolvido. Estou muito bem. Estou gostando muito do PSDB.

Nesta quarta aconteceu a primeira reunião sua, após a filiação no partido, com o presidenciável Geraldo Alckmin, e de todos os parlamentares do PSDB, da Câmara e do Senado. O que foi discutido nesse encontro?

JOSÉ REINALDO – Foi uma discussão sobre a candidatura dele. Eu fiquei impressionado com o nível de preparação que o Alckmin está. Domina completamente conhecimento dos problemas brasileiros, tem soluções importantes para o Nordeste. Vai se preocupar com a pessoa, com a gente. O programa dele está muito bem estruturado. E a reunião foi muito positiva. Dia 5 ele está indo ao Maranhão e lá nós vamos discutir bastante os problemas intrínsecos do nosso estado.

O Nordeste sempre foi uma região que teve uma certa resistência às candidaturas presidenciais do PSDB. A região tem mostrado simpatia às candidaturas do PT, como Lula e Dilma. Como Geraldo Alckmin pode quebrar essa barreira e fazer crescer seu nome no Maranhão e região?

JOSÉ REINALDO – Esse quadro que você descreveu, do PT, começou na verdade com o Bolsa Família, com o Lula. O programa atende hoje, pela pobreza do Maranhão, 50% da população do estado. O Bolsa Família é um grande programa, mas não dá saída. As pessoas que entram nele não sabem como sair dele. De forma que eu acho que há muito espaço para criar uma candidatura vitoriosa no Nordeste. Nós não podemos ficar só vivendo do Bolsa Família, porque isso não vai significar pessoas empregadas, pessoas ganhando bem e resolver problemas principais do estado. Acredito que pode haver uma grande penetração do discurso do Alckmin que eu ouvi hoje na reunião.

O Alckmin terá dois palanques no estado do Maranhão. Como vai ser isso?

JOSÉ REINALDO – Olha, São Paulo também vai ter. Vai ter o palanque do governador Márcio França (PSB) e o palanque do João Dória (PSDB). No Maranhão, eu propões à ele a mesma coisa: o palanque do candidato do partido ao governo do Estado, senador Roberto Rocha, e o candidato do PMN, o deputado estadual Eduardo Braide. De forma que eu acho que ele estará bem servidor lá no Maranhão.

E a sua candidatura ao Senado Federal, com toda essa mexida que teve, saindo do PSB, querendo ir por DEM e agora no PSDB, como que está? Continua firme?

JOSÉ REINALDO – Fortaleceu mais com a minha ida para o PSDB. Um partido muito estruturado e com uma candidatura forte à Presidência da República. De forma que nós temos ali condições de trabalhar muito bem uma candidatura ao Senado, até porque eu fiz grande compromissos com o presidente Alckmin. Se ele for eleito o Maranhão vai ficar muito bem. Os seus principais problemas, seus principais projetos, eu tenho a promessas do presidente Alckmin que eles serão realizados com o todo o empenho dele.

O ponta-pé do lançamento da candidatura do Alckmin, no Maranhão, e a sua e mais do Roberto, do Braide, será no dia 5 de maio?

JOSÉ REINALDO – A do Braide não será dia 5. O presidente Alckmin vai cumprir uma agenda do PSDB, dia 5. A agenda será com o Roberto Rocha. E nós esperamos que seja um sucesso extraordinário, porque as pessoas não conhecem o nível de preparo deste médico, desse homem cuidador de pessoas, e o que ele pode fazer pelo Maranhão. São Paulo é um gigante. Podemos transformar o Maranhão também num gigante, com a ajuda do Alckmin.

(Por Gil Maranhão. Agência Política Real. Edição: Genésio Jr.)