Envio de policiais federais a Jogos do Rio não afetará Lava Jato, diz ministro


Ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, em entrevista coletiva no Ministério da Defesa no Comando Militar do Planalto (Foto: Isaac Amorim/MJC)Ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, em entrevista coletiva no Ministério da Defesa no Comando Militar do Planalto (Foto: Isaac Amorim/MJC)

O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, afirmou nesta quarta-feira (22) que o remanejamento de policiais federais para garantir a segurança dos Jogos Olímpicos no Rio não vai afetar o andamento da Operação Lava Jato. Segundo ele, o compromisso foi firmado com o juiz Sérgio Moro e procuradores e policiais federais da força-tarefa da investigação em visita dele a Curitiba na terça.

As declarações do ministro foram feitas após encontro entre represantes da Defesa, das Forças Armadas, do Gabinete de Segurança Institucional e do governo do Distrito Federal na manhã desta quarta-feira (22) no Comando Militar do Planalto, em Brasília.

Moraes afirmou que o objetivo da visita a Curitiba era demostrar o “total apoio concreto” do Ministério da Justiça e do presidente em exercício, Michel Temer, à Lava Jato. “Se houver necessidade de mais peritos, policiais, infraestrutura é só solicitar que o Ministério da Justiça irá imediatamente colocar à disposição”, disse.

“Nós vamos obviamente lotar mais policiais no Rio de Janeiro, mas sem nenhum prejuízo da Superintendência da Polícia Federal de Curitiba. Vamos retirar de outros locais porque a prioridade da Polícia Federal e do Ministério da Justiça neste momento em termos de investigação de combate à corrupção é a Operação Lava Jato.”

O ministro também considerou imprescindível o aporte de R$ 2,9 bilhões da União ao Rio de Janeiro para que possam investir em segurança durante os Jogos. O “apoio financeiro” foi estabelecido em uma medida provisória publicada em edição extra do Diário Oficial da União desta terça.

Segundo Moraes, o apoio é consequência da situação econômica do Rio de Janeiro e não deve ser estendido para outros estados. Na semana passada, o estado fluminense decretou calamidade pública em razão da crise financeira nas contas públicas.

ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, com integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato e o juiz Sérgio Moro (Foto: Christianne Machiavelli/Justiça Federal)

Mais militares no RJ
Após o evento, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou que o ministério vai conceder ao Rio de Janeiro o apoio de mais militares para fazer a segurança dos jogos. De acordo com o ministério da Defesa, cerca de 20 mil militares (dos 38 mil que trabalharão especificamente na segurança da Olimpíada) já estavam previstos para ser deslocados para Rio de Janeiro. O número adicional, no entanto, não foi definido pela pasta.

O governador em exercício do Rio, Francisco Dornelles, tinha solicitado apoio de mais homens para garantir a segurança entre 24 de julho a 19 de setembro, após até mesmo a Paralimpíada. No requerimento, a previsão é de que o contingente extra ficasse em locais como a Avenida Brasil, o aeroporto do Galeão e as linhas Vermelha e Amarela.

Fonte: G1