Em entrevista, Roberto Rocha esclarece quem está de olho no cargo do prefeito Edivaldo Holanda…

A tríade da mudança: No começo eram 3, Roberto Rocha, Flávio Dino e Edivaldo Holanda.

Senador posiciona-se novamente por Holandinha, agora só falta Flávio Dino. Em recente aparição, Flávio Dino justificou o uso da máquina pública a favor de Domingos Dutra, afirmando que “só vai apoiar nas eleições municipais quem esteve com ele nas campanhas”.

Ocorre que, no mesmo saco das almas de Domingos Dutra, para receberem o “apoio” dos leões, estão Bira, Eliziane e o próprio Holandinha. Como será que Flávio Dino vai resolver?

Roberto Rocha, já sinalizou. Abaixo, um trecho da reportagem do JP retirada do blog do John Cutrim. Senador eleito pelo consórcio comunista dá o tom, agora só falta o governador comunista.

JP

O Jornal Pequeno publicou na edição de domingo uma matéria de capa feita a partir de entrevista que o senador Roberto Rocha deu ao jornalista Itevaldo Junior. Abaixo, a íntegra:

1) O senhor acertou a filiação dos pré-candidatos a prefeito de São Luís (Eliziane Gama) e Imperatriz (Ildon Marques) diretamente com a direção nacional do PSB, sem conversar com os dirigentes?

Não acertei nada. A filiação é, antes de tudo, um ato de vontade política dos interessados. Ambos conversaram comigo, que sou um dirigente do partido, e com o dirigente maior da hierarquia partidária, que é o próprio presidente do PSB. Quem está tratando disso é a direção nacional. Aliás, com a janela aberta até o dia 18/03, todos os partidos, pelas suas direções nacionais, estão em busca de atrair deputados.

2) O senador acompanhou a deputada Eliziane Gama à reunião com o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira?

Sim, com muito gosto. Fui convidado pelo Carlos Siqueira para uma reunião na manhã da última quarta-feira, não pude comparecer, e fui à tarde. Desta reunião, participaram a direção nacional do PSB, eu e a deputada Eliziane Gama.

3) A deputada Eliziane Gama disputou a eleição contra a chapa em que o senhor era o vice-prefeito em 2012, o senhor acha que a parlamentar tem perfil para ser prefeita de São Luís?

Eu e uma grande parcela da população de São Luís e do Maranhão achamos que se trata de um bom quadro da política, tanto que foi a deputada mais votada, tanto na capital, quanto no interior do estado. Cabe ao povo decidir se o perfil dela é adequado.

4) O senhor foi vice-prefeito de Edvaldo Holanda Júnior e hoje já não o apoia mais. Quais os motivos que levaram a deixar de apoiar o prefeito?

Quem disse a você que não apoio a administração do prefeito? Somente na semana passada aprovei projeto no Senado que garante mais de 50 milhões de reais à cidade de São Luís para aplicar na revitalização do centro histórico. Aprovei esse projeto em tempo recorde, numa verdadeira vigília que fiz nos gabinetes dos senadores, em especial junto à presidência da Casa.

5) Se o senhor não apoia mais o Edivaldo Holanda Júnior o que o faz manter o controle sobre duas secretarias na Prefeitura de São Luís?

Quem controla as secretarias da prefeitura não sou eu, nem você, é o prefeito, ele decide quem é secretário desse partido, de outro partido ou sem partido.

6) O senhor acha correto ocupar secretarias de um governo que o senhor já não apoia?

A premissa da pergunta é falsa. Agora, pergunte ao prefeito ou a quem você achar que deve também ser entrevistado, ou melhor dizendo, interrogado.

7) O senador tem articulado para assumir o controle do PSB no Maranhão?

Tenho feito críticas internas sobre a condução do partido. Não são críticas pessoais, são divergências de orientação política. Todos os partidos têm crescido no Maranhão, menos o PSB. E veja que quando dois quadros políticos de grande envergadura eleitoral procuram o partido, ainda somos questionados. Aliança não é adesão. O PSB pode se aliar a quem achar melhor, mas jamais irá aderir a ninguém!

8) O senhor se encontrou com o vice-presidente da CBF, Fernando Sarney para tratar da CPI da CPF no Senado proposta pelo senador Romário (PSB)?

Não!

9) O deputado estadual Bira do Pindaré afirmou recentemente que o senhor se recusa à atendê-lo para falar sobre 2016 em São Luís, esse fato ocorreu?

Há três dias conversei com ele por mais de duas horas em meu gabinete, que está aberto à toda classe política do Maranhão.

10) O senhor é ou não é pré-candidato a prefeito pelo PSB?

Não disputo indicação, mas o cargo que o povo do Maranhão me honrou me impõe essa condição.

11) O senhor aparenta ter alguma dificuldade em se posicionar sobre as eleições de 2016 em Imperatriz? O senhor considera justo desprezar aliados, como a Rosângela Curado (PDT), Marco Aurélio (PCdoB), para apoiar um nome umbilicalmente ligado a família Sarney?

Não tenho nenhuma dificuldade em apoiar um candidato do meu partido em qualquer município. Se a aliança de 2014 não tinha cláusula de compromisso para 2016, não cabe falar em desprezo. O partido é soberano para lançar candidatura própria, ou apoiar um desses dois candidatos citados. Você, que conhece bem os umbilicais caminhos da família Sarney, deve lembrar quem ela apoiou e quem ela fritou na última eleição em Imperatriz.

12) O senhor anunciou ou não anunciou à pré-candidatura de Rosi Vicentini a prefeita de Imperatriz?

– Anunciei, consegui espaço para ela fazer programa de Rádio e TV com Raimundo Cabeludo, mas ela não se interessou.

13) O senhor é candidato a governador do Maranhão em 2018?

– Não!!

14) O senador conhece Janice Maria Xavier de Carvalho Filgueira, proprietária da sua empresa J M Filgueira Confecções Ltda.?

– Não!

15) A empresa J M Filgueira Confecções Ltda. fez doação de R$ 60 mil para sua campanha de senador?

– Se fez, está na prestação de contas.

16) O senhor responde a algum inquérito na Polícia Federal?

– Não!