Tucano que não fala nem bica ou beija: Zé Reinaldo e a pergunta que ficou no ar…

Aos que esperam, o anúncio de Zé Reinaldo ainda ecoa no silêncio.

Mesmo passando por várias crises no tucanato, ainda assim o anúncio de apoio a Roberto Rocha por Zé Reinaldo nunca aconteceu.

Muitos aliados de Flávio Dino que foram expulsos da convivência do poder foram unanimes em dar as mãos contra a gestão comunista. São vários que investiram tudo numa aliança com Flávio Dino, que deveria ser grato, mas, preferiu passar como traidor.

Zé Reinaldo, após levar pé na bunda de Flávio Dino e ter sua candidatura de senador esvaziada pelos dois famosos leões eleitorais da Pedro II,  tinha tudo para ser respeitado na classe política, mas fez gestos desonrosos aos novos aliados do PSDB que esperavam uma justa retribuição.

Ora, o campo comunista se notabilizou pelas brigas de egos inflamados, de desconfianças e traições. Talvez por isso mesmo todos que foram expulsos da convivência palaciana pela paranoia comunista devessem fazer diferente, mas demostraram o contrário, alguns, no caso, o Zé, preferiu calar.

Deixo abaixo uma importante matéria que poderá explicar muito bem essa triste realidade da política, que poderá marcar o processo eleitoral de 2018 com crises severas, quando deveria acontecer justamente o contrário.

Há equívocos e maledicências sobre a situação do deputado federal José Reinaldo Tavares no PSDB e, por conseguinte, em relação a sua pré-candidatura ao Senado Federal. Há jornalistas e blogueiros que agem por falta de informações e outros por pura má-fé mesmo.

O Brasil inteiro sabe que ex-governador foi rejeitado, humilhado, defenestrado e subestimado pelo governador Flávio Dino (PCdoB).

Sem opção partidária nem no campo governista e muito menos no grupo Sarney, sobrou apenas o PSDB para acolher José Reinaldo Tavares. Foi recebido com honras pelo tucanato local e nacional assinando a ficha de filiação no gabinete do senador Roberto Rocha, presidente estadual do partido.

É verdade que Zé Reinaldo chegou defendendo a candidatura do deputado estadual Eduardo Braide para governo e sugerindo até que Roberto Rocha desistisse a favor do pré-candidato do PMN.

Sereno, Roberto chegou a dizer olhos nos olhos do deputado que poderia pensar em abrir para o próprio José Reinaldo pela sua história e pelo que representa para a classe política maranhense, mas que não via qualquer razoabilidade de, uma vez ter sido deputado estadual, três vezes deputado federal, vice-prefeito de São Luis, ser senador no meio mandato, presidente de um dos maiores partidos do país e com um candidato a presidente da República competitivo, abrir mão de sua pré-candidatura a favor de Braide.

Então José Reinaldo se filia no PSDB e fica mais quieto sobre a candidatura Braide.

Mas eis que de repente, sabe-se lá por qual motivo, o deputado volta com a tese pró-Braide quando sabe que o seu partido tem pré-candidato!

Desde que se filou ao PSDB, não há sequer uma declaração contundente e firme de José Reinaldo em apoio e defesa do nome do pré-candidato ao governo Roberto Rocha. Nadica de nada!

É essa postura, digamos, vacilante de Zé Reinaldo que fomenta especulações do tipo de que ele não será mais candidato a senador ou que está a serviço de agentes externos ao PSDB.

Nem mesmo das agendas de viagens dos pré-candidatos do seu partido José Reinaldo tem participado. Aliás, tem ignorado solenemente as agendas.

Assim como “à mulher de César não basta ser honesta, deve parecer honesta”, não basta José Reinaldo ser candidato, deve parecer candidato.

Mas do jeito que vem conduzindo a sua pré-campanha parece que realmente José Reinaldo está jogando fora a última oportunidade que lhe resta para ser senador da República.

E, como sabermos, na política não há vácuo.

Alguém ocupa o espaço…