Roberto Rocha disputará Governo e PSDB diz que José Reinaldo pode ter vaga de candidato a senador

Repórter Tempo

O martelo foi batido no PSDB: o senador Roberto Rocha será candidato ao Governo do Estado, não havendo a mais remota possibilidade de ele vir a desistir desse projeto para apoiar a ainda eventual candidatura do deputado estadual Eduardo Braide (PMN) ao Palácio dos Leões. E a explicação para essa decisão irreversível é a seguinte: uma candidatura do PSDB na corrida ao comando do Estado é de importância estratégica para o projeto do partido de disputar a presidência da República, o que, tudo indica, ocorrerá tendo como candidato o atual governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.

Roberto Rocha: candidatura ao Governo do Estado é decisão partidária irreversível

Mais ainda: se o ex-governador e deputado federal José Reinaldo Tavares (ainda sem partido) quiser, será o candidato do PSDB ao Senado. E de acordo com o secretário geral do braço maranhense do PSDB, o ex-prefeito de Imperatriz Sebastião Madeira, o PSDB está aberto a coligações, mas dispõe de suporte e tempo de rádio e TV suficiente para tocar sua própria campanha, independentemente de qualquer aliança que possa vir a comprometer a sua autonomia.

O posicionamento do PSDB funciona como uma ducha de água gelada nas articulações feitas pelo próprio José Reinaldo objetivando construir uma aliança entre Roberto Rocha e Eduardo Braide e na qual viesse a sair como candidato a senador. A posição do comando nacional do PSDB de lançar um tucano ao Governo do Estado é fato consumado e irreversível e exige que o senador Roberto Rocha jogue sua candidatura na rua tão logo a cúpula do PSDB confirme a candidatura presidencial de Geraldo Alckmin. O projeto prevê a candidatura de Roberto Rocha como uma espécie de ponta de lança para propagar o nome de Alckmin nos mais diversos rincões do Maranhão. Não há como ser diferente. E vale lembrar que esse sempre foi o projeto do senador Roberto Rocha, que se elegeu pelo PSB.

O posicionamento do PSDB inviabiliza qualquer projeto de aliança que não tenha Roberto Rocha como candidato a governador. O mundo das especulações já “testou” várias equações, mas nenhuma delas reverte a linha central do plano nacional que movimentará o partido nesta corrida eleitoral. E o senador tucano se encaixa perfeitamente nesse projeto, decidido que está a ser candidato a governador e fazer a diferença no confronto direto com o governador Flávio Dino (PCdoB), a ex-governadora Roseana Sarney (MDB) e o próprio Eduardo Braide, se este vier a confirmar sua candidatura. Ninguém duvida que será um confronto duro e agressivo, mas que não inibirá alianças num eventual segundo turno. Um exemplo: se Geraldo Alckmin for para o segundo turno com o coronel Jair Bolsonaro (?) é quase certo que as forças de esquerda lideradas pelo governador Flávio Dino se aliarão ao candidato dos tucanos ao Palácio do Planalto, tendo como objetivo primeiro a derrota do candidato presidencial da extrema direita.

Na avaliação da cúpula do PSDB, o senador Roberto Rocha tem condições de enfrentar o governador Flávio Dino e a ex-governadora Roseana Sarney de igual para igual nos embates da campanha eleitoral. Rocha tem usado as redes sociais para mostrar que topa a briga, certo de que poderá ser o adversário do governador num eventual segundo turno. Sabe, por outro lado, que Flávio Dino é um dos políticos mais preparados e qualificados em do País, e que Roseana Sarney levará para sua campanha a experiência acumulada de quatro períodos de governos. Portanto, dois pesos pesados, com a diferença de que o governador é, de longe, o adversário mais difícil de ser enfrentado.

Na versão de tucanos de proa, a participação do senador Roberto Rocha na corrida ao Palácio dos Leões é fato decidido e que não está em discussão. E que poderá ser reforçada com a candidatura do ex-governador José Reinaldo Tavares ao Senado, se ele, depois de uma mal sucedida incursão pelo socialismo, resolver se converter à versão tucana de liberalismo.