Atitude de Cristo nas palavras de um ateu Karnal…

Leandro Karnal teve seu pico de audiência a partir do momento que confrontou os telespectadores da tv chamando-os de “corruptos”.

A sociedade que busca soluções é a mesma que prefere apontar e não olhar para si.

Recebi um convite para ouvir sobre a busca pela verdade, que vai acontecer durante uma palestra proferida por um intelectual da moda, num preço accessível, só tenho que pagar uma inscrição que custa algumas dezenas de reais. Beleza, todos querem ouvir intelectuais com receitas imediatas.

Confrontando-me com meu eu.

Nem o dízimo nem o quinto dos infernos…

Sem querer abusar das redundâncias, vira e mexe deparo-me com questões de subsistências, questões mínimas e básicas de pessoas que falta pouco para resolverem-se: falta a prática de enxergar-se por dentro, onde uma mínima introspecção resolveria, caso soubesse se enxergar nos contextos de crises com a orientação verdadeira, uma orientação sobre a busca pela verdade que pode fazer-se sentir-se leve, solto, “outra pessoa”.

Além de redundar-me, não quero falar de verdades pessoais, deter-me na única verdade que preciso: ser confrontado, coisa que nossa sociedade não está acostumada, que foi escrita há séculos, despertada recentemente na tela da TV.

É bem aí que entra minha narrativa sobre Jesus Cristo e Karnal.

Recentemente o historiador brasileiro, que foi estudante de teologia (estudo que tenta explicar Deus através da bíblia) mas se diz ateu, Leandro Karnal, pasmem, teve seu pico de audiência garantido a partir do momento que confrontou os telespectadores da Band News, chamando de “corruptos” todos que furavam filas em bancos, entregavam atestados médicos para fugirem de compromisso em provas de escolas, faculdades, ou fugirem de compromissos em serviços, etc.

Todos que reclamam da corrupção da política do Brasil praticam a corrupção. Alguém teve que mostrar aos índios o espelho.

Lógico que a narrativa não era acusatória, mas, o filosofo estava apenas usando uma simples tática dos evangelhos escritos por Cristo, de olhar para sí, confronta-se. Aliás, observo que as igrejas católicas e evangélicas estão perdendo espaço para filósofos, mesmo que para e isso, cobrando mais que 10%, daquilo que seria o dízimo das igrejas.

O mundo não teria tantas crises se buscássemos respostas olhando para dentro de nós mesmos, ao invés de simplesmente apontar para outros (acusar alguém) pelos nossos erros.

Para finalizar, é preferível mostrar por testemunho, mostrar por atitudes, de verdade, de honestidade, de caráter, desta forma a coletividade terá oxigênio para viver sob toda situação de crise.

Nota:

Chama-se de “carnal” qualquer fiel que viva de forma infiel (vida desregrada nas igrejas), que não pratica as atitudes do mestre Jesus Cristo.

Nada tenho contra o professor Leandro Karnal, aliás, desejo-lhe boas leituras da bíblia. Adorei sua indicação sobre a literatura que tenta situar o brasileiro de suas origens, retirada do livro “Casa-grande e senzala”.

Como um mestre, Karnal está bem intencionado na tarefa de iluminar nossa gente. Parabéns a todos que tentam fazer nosso povo refletir sobre a corrupção nossa de cada dia neste imenso país, que infelizmente não consegue olhar para dentro de si, nem evoluir da condição de senzala.

Nos tempos atuais, enquanto o brasileiro dorme em berço esplêndido,  escravistas orientais munidos de bugigangas batem à porta.