Para questionar Barbosa, governistas abrem exceção em acordo

A presença do ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa no plenário do Senado neste sábado (27) levou senadores favoráveis ao impeachment a abrir uma exceção no acordo costurado na véspera pela base de apoio ao governo Michel Temer de não questionarem as testemunhas de defesa de Dilma Rousseff.

O próprio senador Aécio Neves (PSDB-MG), que anunciou o acordo nesta sexta (26), se inscreveu para sabatinar o ex-ministro da gestão petista. O acerto entre os governistas tinha como objetivo acelerar os interrogatórios das testemunhas.

O primeiro parlamentar da base aliada inscrito para questionar Nelson Barbosa era o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES). Ele, entretanto, não formulou perguntas, mas usou seu tempo para criticar o governo Dilma. Segundo Ferraço, as falsas verdades “estão sendo derrubadas como um dominó”.

Até as 11h38, havia 26 senadores inscritos para questionar o ex-ministro da Fazenda. Entre eles, estão os líderes do DEM, Ronado Caiado (GO), e do PSDB, Cássio Cunha Lima (PB), e o líder do governo no Senado, Aloysio Nunes (PSDB-SP).

Além de Nelson Barbosa, também irá prestar depoimento neste sábado o professor de direito da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) Ricardo Lodi.

Inicialmente, ele havia sido arrolado como “testemunha de defesa”, no entanto, nesta sexta, o advogado de Dilma, José Eduardo Cardoso, pediu autorização ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, para trocar o status de Lodi para “informante”.

Ao virar informante, o depoimento de Lodi perde força do ponto de vista jurídico e não poderá ser usados como prova. Além disso, diferentemente de uma testemunha, ele não prestará o juramento de dizer a verdade.

Fonte: G1