Drogas S/A: São Luís está se tornando uma imensa cracolândia…

São Luís tem mais de 100 mini cracolândias, a tendência é ampliar mais. Juntamente com o aumento do tráfico, sobem os casos de assaltos, mortes, violências…

Os zumbis de São Luís:

Cada vez mais nos deparamos com jovens entorpecidos nas ruas, sob o efeito de drogas pesadas. Como nas cenas do filme “The walking dead”, nossos jovens ludovicenses estão se acabando nas drogas, sem que as pessoas se deem conta que podem ajudar tirá-los do caminho da morte.

Blog destaca o papel das Comunidades Terapêuticas, onde cada um de nós pode ajudar, dar amparo às pessoas marginalizadas do submundo das drogas. Abaixo, fiquem com um trecho da reportagem de O Imparcial que trata sobre o assunto:adolescente2

O importante papel das Comunidades Terapêuticas:

São Instituições privadas, sem fins lucrativos e financiadas, em parte, pelo poder público. Oferecem gratuitamente acolhimento para pessoas com transtornos decorrentes do uso, abuso ou dependência de drogas. São instituições abertas, de adesão exclusivamente voluntária, voltadas a pessoas que desejam e necessitam de um espaço protegido, em ambiente residencial, para auxiliar na recuperação da dependência à droga.

Na região metropolitana de São Luís, existem 18 projetos de prevenção contra as drogas. No município de São José de Ribamar, centenas de dependentes frequentam as oito Comunidades Terapêuticas da cidade. Já em Raposa, existe apenas uma casa. Em Paço do Lumiar, 12 instituições, e em São Luís existem 11 locais para tratamento. Todos registrados. Cada comunidade tem, em média, 20 internos que realizam o tratamento antidrogas.

De acordo com Erisson Souza, ex-dependente químico e coordenador-geral da Rede Maranhão Antidrogas, para manter 20 dependentes em uma casa, custa em média R$ 9 mil. E cada dependente precisa pagar um valor em média de R$ 500. “Muitas vezes, o valor não cabe no bolso da família e o diretor da unidade se comove e interna o paciente, aceitando o que o familiar pode contribuir. Infelizmente, em média, 30% dos internos pagam a Comunidade Terapêutica”, disse Erisson. Erisson ainda conta como saiu do mundo da dependência química.

“Eu vivia em casarões abandonados no Centro Histórico. Minha mãe e minha irmã foram me buscar; eu estava em uma rede onde estava deitado e as ouvi me chamando. De lá, fui para uma Comunidade Terapêutica. Passei 13 anos sendo usuário, hoje, faz quase seis anos que não uso mais e nem tive alguma recaída”, contou Erisson.

Para o ex-dependente, a desobediência é a pior causa que leva uma pessoa ser dependente química.  “A maldição da desobediência é o que mais leva a muitos entrarem no mundo das drogas. Os pais dizem para os filhos não fazerem, e eles fazem, se eu tivesse ouvido os meus pais, não teria entrado neste mundo”, explicou Erisson Souza.

Os valores investidos são para pagar as despesas como água, luz e alimentação. Muitas vezes as comunidades recebem ajuda de vários órgãos, como Ministério Público e Vara de Execuções Penais.

Resultados

– 25% destes usuários atendidos no Caps Ad se encontram em recuperação sem fazer uso de substâncias psicoativas, correspondente à taxa de recuperação.

– 60% diminuíram o uso, apresentando recaídas esporádicas, e continuam em tratamento com melhoras clínicas significativas;

– 15% abandonaram o tratamento na primeira semana;

O diretor do Caps Ad, Marcelo Costa, explica como o dependente pode fazer o tratamento. “O tratamento que disponibilizamos é de forma diária onde o paciente entra às 7h30 e sai às 18h, quando no início na modalidade intensiva. Durante o período, ele participa de oficinas terapêuticas, como artesanato, música (coral), educação física (futebol), pintura, grupos terapêuticos, atividades religiosa de fundo espiritual com parcerias com a comunidade. Também fazem uso de medicações com intuito de reduzir sintomas da abstinência, como ansiolíticos, antidepressivos, antipsicóticos, estabilizadores de humor e outros, assim como também tratar possíveis doenças mentais que acompanhem o quadro de dependência, o que chamamos de comorbidades psiquiátricas”, explicou o diretor.

Fora o Caps Ad, ainda existe a UA Estadual (Unidade de Acolhimento do Estado) que funciona na Cohab ao lado da Igreja Nossa Senhora Perpétuo Socorro, onde tem 15 leitos para internação em regime integral onde o paciente pode ficar de um mês a seis meses, feita para casos mais graves. E ainda existem as fazendas “Esperança” (comunidade terapêutica, que tem tratamento de fundo religioso, onde o paciente passa 12 meses.

As três conveniadas, Coroatá, Caxias e Balsas, funcionam sem custo algum para as famílias, quando o dependente é encaminhado através do caps. Confira a reportagem completa aqui: